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Comentário sobre reservas bancárias fracionárias 3: Visão geral

Sumário de pensamentos nos dois últimos vídeos. Discussão de por que a Reserva Fracionária é um subsídio aos bancos e lhes permite a arbitragem da curva de rendimentos. Versão original criada por Sal Khan.

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Transcrição de vídeo

A minha motivação para fazer essa série de três, quatro vídeos sobre o sistema bancário de reservas fracionárias, não é porque espero uma mudança revolucionária, ou porque eu espero que o mundo mude se mantermos esse sistema. O motivo pelo qual quero fazê-lo é para esclarecer os conhecimentos gerais sobre ele, e sobre as suas fraquezas. Este é o sistema usado atualmente, e como nos referimos a ele de modo tão frequente, é visto como o único sistema porque muitos bancos ao redor do mundo agora o usam. Mas temos que entender que é um sistema, uma estrutura, que está assim, sob essa forma moderna há mais de cem anos. E que não é a única forma de ter um sistema bancário, e isso tem algumas falhas óbvias que já cobri em vídeos passados. E só para ressaltá-las -- a primeira -- e essa é uma falha que poderia atingir qualquer um, pelo menos incomodâ-lo, é a natureza oculta do sistema fracionário. Você fala para uma pessoa que ela pode fazer um saque quando quiser, mas na realidade, você pode fazer um saque sempre que quiser contanto que não mais de 10% das pessoas também queiram fazer o saque nesse mesmo tempo. E claro, isso por si só talvez deixe você um pouco incômodo, mas isso por si só não é uma motivação forte para afirmar que o sistema é ruim, pois o problema mais grave é que essa "meia-mentira" leva à noção de corridas bancárias. Todos tem o direito de sacar o próprio dinheiro-- com um dia de pré-aviso, ou uma hora de pré-aviso, mas na realidade, nem todo mundo pode ter o dinheiro de volta com uma hora de pré-aviso, e isso leva à inconsistências, e alguns não terão de volta o que esperavam, e isso leva ao pânico bancário. Isso leva ao pânico bancário generalizado. E essa é, claramente, uma situação muito instável para o sistema bancário como um todo. E não queremos um sistema financeiro instável. Sistema financeiro instável. Para resolver o problema do pânico bancário, há duas soluções adotadas até hoje. Existe o credor de última instância na reserva Federal e além disso, e mais importante, está a noção do seguro <i>FDIC</i>. Corporação Federal de Seguros de Depósitos E no último vídeo, falei sobre a ideia dos seguros <i>FDIC</i>, e o problema principal que eu vejo, é o fato de ele ceder, basicamente, o mesmo acesso ao capital a todos os bancos, pois todos eles dizem: "Me dê seu dinheiro. Ele estará assegurado." Então é praticamente um subsídio federal para todos os bancos. Por definição, o fato de que o FDIC estar prestes a ser insolvente e ter de pedir dinheiro novamente ao Congresso-- significa que estava cobrando menos pelo seguro. Então estava subsidiando esses bancos, e já que todos esses bancos têm o mesmo seguro FDIC, pagam diferenças pequenas de um para outro, incentiva à tomada de maiores riscos tomada de maiores riscos, tomada de maiores riscos, para obter mais lucros mais lucros. O custo bancário de fazer empréstimos é o mesmo com mais riscos. As pessoas não pensam "Esse banco é arriscado" "Preciso de mais dinheiro para depositar aí". O banco dirá: "Sou mais arriscado, mas estou assegurado, pelo FDIC, assim como outros bancos mais conservadores." Então vou lhe pagar mais pelo depósito, para que deposite no meu banco, mas ao mesmo tempo, vou tomar maiores riscos, e serão subsidiados pelo Governo Federal. Poderia-se dizer, no entanto, que os Estados Unidos funciona em um sistema bancário de reserva fracionária, e claramente é a maior potência econômica mundial, e ambas as afirmativas são verdadeiras. E outros países estão baseados nesse sistema, então qual é o problema? Talvez tenha falhas, mas possam ser corrigidas. E a principal resposta a essa questão -- e quero deixar isso claro -- quando comecei a pensar nesse problema, pois muitas pessoas questionaram sobre esse problema. Conclui sobre o mesmo da forma mais neutra possível. Não quis concluir que o sistema é ruim, e ter uma posição reacionária radical, mas, quanto mais pensamos sobre isso, fica claro que há uma coisa que não está certa. Por exemplo, ao falar sobre qualquer intermediário financeiro, qual é o propósito dele? Desenharei o intermediário financeiro. Há poupadores que colocam os recursos em um cofre, ou talvez queiram investí-los, mas não sabem bem como investir, ou talvez não tenham uma grande quantia para investir. E o que o intermediário financeiro diz é, "Poupadores, me dêem seus recursos e contratarei alguém apto para investir seu dinheiro de forma correta". Estão os poupadores desse lado, e projetos ou investimentos do outro. Estão os investimentos desse lado. Eles podem emprestar o dinheiro, Falando de forma geral. No caso de bancos comerciais estão emprestando. No caso de fundos de capital de risco, estão fazendo investimentos diretos em <i>start-ups</i>. Mas a ideia básica de qualquer intermediário financeiro é igual. Para criar valor, pegam recursos do poupador, e os estão colocando em investimentos que devem gerar retornos positivos. Então gerarão retornos positivos se tiverem investido bem. Retornos positivos. E darão uma fração disso de volta aos poupadores. Fração aos poupadores. E ficarão com o remanescente. O que é razoável. Estão trabalhando, alocando capital e cumprindo uma função útil para a sociedade. Função útil para a sociedade. Essa gente merece usar ternos Armani, e ter relógios Rolex. Colocarei merecer entre aspas. Mas pode-se dizer que estão agregando valor à economia. Agora, o sistema de reservas fracionárias é um requerimento para ter intermediários financeiros assim? A resposta simples é: não. Não é preciso ter um sistema de reservas fracionárias para isso tudo. De fato, muitos intermediários financeiros nem participam no sistema de empréstimos de reservas fracionárias. O mais óbvio dentre eles são as empresas de <i>Venture capital</i> independentemente do que você ache deles, não são -- não há alguma -- eles dizem aos investidores, que são o equivalente aos depositantes bancários -- dizem a eles "Você terá seu dinheiro bloqueado por uma quantidade X de anos." Ou talvez digam "Tomaremos seu dinheiro conforme precisemos dele. Ao tomá-lo estará bloqueado." Isso vale também para os fundos de <i>Priva equity</i>. Há quem considere <i>Venture capital</i> como um subconjunto de <i>Private equity</i>, mas esse último, costuma investir em empresas já existentes. Fazem isso-- E os fundos de hedge, talvez não tenham nenhum tipo de bloqueio na maior parte. Alguns talvez tenham, e bloqueiem o dinheiro. Seriam bem antecipados com os investidores deles. Não quero defendê-los, mas aqueles que não tem bloqueios investem em instrumentos líquidos. Investem em instrumentos líquidos. Os fundos de hedge-- São um grupo grande de gente. Alguns agregam valor à sociedade E outros não. Provavelmente a maioria só intercâmbia fundos entre eles mesmos, como um tipo de jogo, mas não falarei disso. Não tentarei defender os fundos de hedge. Mas ideia é que, para ser um intermediário financeiro não é preciso depender de um sistema financeiro assim. Mesmo se quiser dirigir um banco comercial Poderia receber depósitos. Supondo que as pessoas venham para depositar no meu banco. No banco do qual eu sou dono. Digamos que esse seja o seu depósito. Esse é o seu dinheiro. Digamos que você tenha $100 aqui. Eu poderia lhe dizer: "Se quiser dinheiro disponível imediatamente para o saque, não lhe pagarei nenhum juros sobre ele." Pelo serviço de tê-lo disponível no caixa eletrônico, pela segurança que garanto, eu lhe cobrarei um pouco de dinheiro por esse depósito disponível para o saque. E se quiser obter juros sobre a quantia depositada, terá que deixar o dinheiro depositado sem poder usar ele por um tempo. Então se você me der $100 e disser "Gostaria de ganhar algum juros sobre o dinheiro depositado. Sou um investidor sofisticado, e quero participar dos milagres do capitalismo. Então deixe-me lhe contar algo. Desses $100 depositados, precisarei de $10 diários para manter meu negócio, meu lar, então farei dessa conta uma conta corrente. Então seria uma simples conta corrente E por ela não ganharei nenhum juros. Ainda terei que pagar um certo dinheiro. A outra parte, quanto mais tempo o dinheiro ficar parado na conta, mais juros serão obtidos sobre ele. Então estão os $10 aqui. Digamos que precise de um pouco do dinheiro ao longo de um ano. Então colocarei o resto dele aqui dentro por um ano. Chamaremos esse restante de "CD de um ano", que já existe na prática. E por ele o banco talvez pague 2% ou 3% do montante total. E o resto do dinheiro é para a aposentadoria e o colocarei em um CD de 10 anos. E como deixei esse dinheiro bloqueado por mais tempo, ganharei mais por ele. Talvez ganhe 5% de juros com ele. E agora eu, sendo o banco comercial, não participo do sistema de reservas fracionárias, posso dizer "Essa pessoa tem $10 e quer ter disponibilidade imediata, e não pago juros sobre esse dinheiro. Só permito a ele o uso da minha infraestrutura financeira. Então colocarei esse dinheiro de lado. Vou colocá-lo meu cofre, e ele poderá sacá-lo de qualquer caixa eletrônico ou o que for, mas a outra parte do dinheiro aqui, poderei emprestar. Então quando alguém vir e dizer "Sal -- ou Banco do Sal --, eu tenho um projeto e gostaria de pegar emprestado -- -- digamos que essa quantia sejam $45. Preciso pegar emprestado $45 por oito anos. Você pensa, claro. Não tenho que devolver o dinheiro à outra pessoa antes que estes dez anos se passem. Então o que você faz é pegar os $45 para emprestá-los. O que é bom, pois sabe o dinheiro retornará para ser devolvido. Desde que tenha emprestado apropriadamente, voltará em tempo para pagar àquela pessoa. E aquela pessoa sabe que você está emprestando o dinheiro, então sabe que há um risco inerente, que tem o dever de pesquisar antes de contratar o CD de dez anos de você. Deve pesquisar para quem você emprestará o dinheiro dele, o quão arriscado é, e se for realmente arriscado, deve desejar mais do que 5% -- deve se concentrar nas taxas de juros, ou simplesmente não lhe dar o dinheiro dele. Então a naturalidade da oferta e demanda, a naturalidade das forças do capitalismo, as forças retroalimentadoras dela, entrariam no jogo. Então um sistema financeiro pode funcionar com bancos e todo tipo de intermediários financeiros sem o sistema de reservas fracionárias. Então a próxima pergunta é, OK, você consegue dispensar o sistema de reservas fracionárias mas, o que há de errado naquilo que o sistema de reservas fracionárias está permitindo? E para isso, terei que rever a curva de retornos para você. Então a <i>Yield curve</i> (curva de retornos) -- não é nada extravagante. É simplesmente um gráfico para demostrar o valor pago em juros em função do tempo, ou o valor recebido em juros. Então essa será a curva de rendimentos. Digamos que tenha dinheiro no <i>overnight</i> (empréstimo de um dia). Então esse seria o título que se pretende dar por um dia. Esse outro, se quisesse dar o título por um ano. E esse aqui, digamos que seja o título dado por dez anos. E pode haver de todo tipo. A duração nada mais é do que o tempo que você está emprestando o dinheiro. Se você estiver emprestando dinheiro para o governo, o que pode ser visto como seguro -- talvez o devedor mais seguro, você pode dizer: "Para o governo, por um dia, estou disposto a emprestar dinheiro por uma taxa de juros de 1%. Por um ano -- estou bloqueando em talvez 2%. E por dez anos, estou disposto a emprestar ao governo por 5%. Então a curva de rendimentos seria assim. Vou desenhá-la assim. A curva de rendimentos tende a ser assim. Nem sempre tem inclinação positiva, mas tende a tê-la. Essa é a curva de rendimentos. Pode ser, por exemplo, para títulos do Tesouro. Então para um dia, 1% talvez -- da forma em que eu desenhei -- isso talvez seja 3%, talvez para dez anos seja 5%. Não é a curva de rendimentos atual, é só para ter uma ideia. Seria somente para títulos do Tesouro, o emprestador mais seguro que há. Para empresas com grau de investimento -- se quiser emprestar dinheiro a elas, talvez para a <i>GE</i> ou algo do tipo, ou à <i>Berkshire Hathaway</i> -- cobrarei um prêmio de risco a mais do que nos títulos do Tesouro, pois elas não são tão seguras quanto o governo. Mas terei uma curva similar àquela. Talvez a apariência dela seja essa. E esse prêmio aqui é a quantidade adicional de juros que quero dessas empresas relativamente seguras -- -- relativas ao Tesouro -- mas ainda teria uma curva ascendente. Depois, finalmente, há empresas com risco relevante -- toda companhia terá a própria curva de rendimentos baseada em custos de tomar empréstimos, mas talvez agrupe várias empresas arriscadas e diga: "Para as empresas mais arriscadas, a curva de rendimentos será assim." Se tem um interessado em começar uma empresa de biotecnologia que queira dinheiro emprestado, cobrarei dele um prêmio de risco maior do que nos títulos do Tesouro, pois não sei se ele ainda continuará nos negócios daqui a cinco anos. Então essa é a curva de rendimentos, e o motivo pelo qual a desenhei foi para mostrar que o sistema bancário de reservas fracionárias permite aos bancos se aproveitar da curva de rendimento sem agregar em contrapartida nenhum valor real à sociedade. Essa noção de intermediário financeiro agrega valor à sociedade. Quando você tem o sistema bancário de reservas fracionárias o que você permite que os bancos façam é que recebam depósitos e aí -- o sistema de reservas fracionárias não é o único lugar onde isso acontece, acontece em vários outros lugares, mas tomam depósitos, são demandas por depósitos, certo? São depósitos em conta corrente, essencialmente empréstimos dos seus depositantes, são essencialmente depósitos <i>overnight</i>, certo? São empréstimos sobre demanda. Empréstimos sob demanda. São essencialmente -- quando você põe seu dinheiro no banco em uma conta corrente, essencialmente a cada hora que você não vá ao banco para sacar o dinheiro de volta seu empréstimo está sendo renovado. É um contínuo -- é o empréstimo de menor duração possível. E a cada dia que você não saque, é uma renovação do empréstimo. Certo? Pode imaginar um mundo onde todo ano se renove o empréstimo a cada ano que você não saca, você continua renovando. No depósito em conta corrente, cada segundo que você não saca você está renovando o empréstimo. Então se consegue fazer empréstimos desse lado da curva de rendimentos. E pode ser feito de forma segura, pagando pouco em juros pois as pessoas -- ainda que se engajem em atividades arriscadas, talvez emprestem a pessoas como essa aqui. Como existe o seguro FDIC, se empresta para esse tipo de pessoas como se fossem seguras como o governo. Pois elas receberão seu dinheiro se o governo puder lhes devolver. Isso realmente diminui os custos de empréstimo então pegam emprestado aqui, e o que faz é permitir-lhes emprestar dinheiro por períodos maiores. Então esse pode ser um empréstimo de dez anos. O principal ainda não é devolvido, só os juros são pagos no ínterim, o principal não é pago por dez anos. Talvez esse aqui seja um empréstimo de cinco anos. E podem ser emprestados para investimentos mais arriscados. Se quiserem, podem contrair empréstimos a essa taxa, que é a que pagam aos depositantes, como a esse 1%. E se quiserem, podem investir. Se a curva de rendimentos fosse essa poderiam investir em títulos do Tesouro ou títulos com grau de investimento, igual ao dos <i>Berkshire Hathaway</i> do mundo, e ganhar mais com os juros. E o que fizeram aqui -- não precisa ser um gênio para fazer isso. Todos sabem que se ganha mais juros aqui do que aqui. E isso só pode ser feito dessa forma porque há uma garantia implícita, aliás, é uma garantia explícita do seguro FDIC. Então o seguro FDIC é o que permite às pessoas emprestar-lhes o dinheiro. As pessoas só estão dispostas à participar com o próprio dinheiro nesse ponto da curva, por causa do seguro FDIC. Então o banco pode depois ir e investir nessa parte da curva e cobrir a diferença no <i>spread</i>. Vão ganhar 5% sobre o dinheiro e pagar somente 1%. E onde está o valor nisso? Porque eu mesmo poderia fazer isso, mas eu não sou uma entidade assegurada pelo FDIC. Claramente esses agentes gostariam de obter 5% sobre dinheiro deles, ganhar o dinheiro que ganha o banco, mas eles não tem o seguro FDIC. Então não lhes é permitido. Então o que o sistema bancário de reservas fracionárias e o seguro vieram a cumprir para fazer com que os empréstimos de reservas fracionárias fossem viáveis -- foi realmente, permitir aos bancos fazer arbitragem na curva de rendimentos-- pegar emprestado na ponta mais curta e emprestando na ponta mais larga, compensando assim o <i>spread</i>. E isso aqui é tipo -- primeiro, não adiciona valor nenhum. Qualquer um pode fazê-lo. Não é preciso de um MBA extravagante para fazer isso. Isto não adiciona nenhum valor real à sociedade. Apenas achata um pouco mais a curva de rendimentos, mas esse valor está aberto ao debate. Mas eu quero chamar atenção para um ponto importante aqui-- Obviamente, alguns no sistema bancário são os "campeões do capitalismo". Aliás, escreverei isso aqui. Campeões do capitalismo. A menos que estejam sendo resgatados, são os primeiros a ser contra qualquer tipo de intervenção do governo, ou rede de segurança do governo. Mas a indústria toda deles está pressuposta sob uma rede de segurança do governo. Essa noção de intermediário financeiro que ressaltei aqui com <i>Venture capital</i>, participações nos <i>Private equity</i> ainda trabalham com esse modelo daqui. Eles não são dependentes do governo federal, de forma nenhuma. Quer dizer, alguns deles talvez até sejam, indiretamente. Mas não precisam de um sistema inteiro elaborado de seguro FDIC, sistema Federal, de uma janela de desconto, e todas essas intervenções do governo federal. Não precisam disso para operar eficientemente-- Ou para operar, de forma geral. Inclusive nesse sistema bancário aqui, onde você tinha gente contratando CDs, ao invés de ter esse tipo de meia verdade do sistema bancário fracionário. Isso poderia funcionar completamente sem nenhum tipo de intervenção. Esse sistema, por outro lado, empréstimos de reservas fracionárias, não poderia existir sem intervenção do governo. Não poderia existir sem intervenção do governo. Então você precisa debater, ou pensar à sós, se um sistema, como o de empréstimos reservas fracionárias, ou bancário de reservas fracionárias, que é dependente do governo-- Isso ainda é capitalismo? Isso ainda é capitalismo? Quer dizer, onde está a competição aqui? Onde está a inovação aqui? Se você for grande o suficiente, você tem o seguro FDIC e continua fazendo arbitragem sobre a curva de rendimentos e ganha dinheiro para comprar o Rolex, para fazer viagens chiques no seu jatinho particular. Mas não há inovação nenhuma aqui. Você é simplesmente grande, e um dos sortudos a ter o alvará bancário junto ao FDIC e ter seguro junto a esse. Não há inovação aqui. E onde está a competição? Quando muito, a pessoa que toma mais riscos, e que faz as coisas mais banais, será capaz de gerar o maior rendimento, E como tem o seguro subsidiado do governo federal será o mais próspero. Tudo depende do governo. Tudo depende do subsídio. E no fim das contas, esse dinheiro que ganham, esse dinheiro que ganham por meio da arbitragem provêm de dinheiro subsidiado pelo governo federal, provêm do dinheiro do contribuinte. Então você basicamente tem contribuintes subsidiando esse mundo, onde se faz arbitragem na curva de rendimentos-- sem tomar riscos reais e sem fazer investimentos reais, e sem alocar capital eficientemente. Somente fazendo arbitragem sobre a curva de rendimentos com seguro barato. E você está fazendo com que uma pequena parcela da população possa basicamente extrair rendas ou algum tipo de subsídio, do resto da população. E obviamente, essa não é a parte do nosso sistema econômico mais necessitada. E não estou dizendo isso para impugnar o sistema financeiro. Eu acho que, na maioria das vezes, as pessoas estão tomando riscos e obtendo retornos. E os poupadores sabem no que estão se metendo. Mas não há intervenção do governo aqui, não há subsídio do governo. Isso aqui, está baseado no subsídio do governo. O sistema bancário fracionário não existiria sem o seguro FDIC, e o FDIC não existiria sem o suporte implícito bancário que o Congresso disponibilizaria se alguma vez ficassem sem dinheiro, como é o caso agora. Enfim, espero que isso tenha informado um pouco a sua visão. Não quero parecer um reacionário maluco. Eu mesmo já estou resignado ao fato de que o sistema fracionário não mudará. Mas me incomoda um pouco. Pois é completamente dependente da intervenção do governo e como viu agora, durante o ano passado, temos esse sistema financeiro onde estamos acumulando mais e mais dinheiro nas mesmas entidades que tomaram os maiores riscos, e elas nos controlam. Elas dizem: "É melhor você colocar mais dinheiro aqui, ou faliremos pelos meus riscos, mas você vem comigo. [legendado por: Joyce Vázquez] [Revisado por: Karoline]