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Comentário sobre reservas bancárias fracionárias 1

Entendendo os pontos fracos de uma Reserva Fracionária. Versão original criada por Sal Khan.

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Transcrição de vídeo

Já falei muito sobre o que é o sistema de reservas fracionárias, sistema de reservas fracionárias, mas evitei fazer qualquer comentário sobre ele e é o que vou fazer nesse vídeo. Só um pequeno resumo dos vídeos sobre Banco, comecei com um exemplo bem simples de nós numa ilha. Digamos que você tenha todo o ouro da ilha e dê para eu guardar. Então agora, eu tenho esse ativo chamado ouro, e digamos que você me deu 100 pedaços de ouro. E eu também tenho uma obrigação. Esse é meu Banco numa ilha primitiva e minha obrigação é que você pode exigir esse ouro de mim quando quiser, então essa é minha obrigação. Se desenhasse seu Balanço, esse seria seu ativo. Então essa seria uma declaração de débito para o depositante. Para o depositante. Então a qualquer tempo, eu diria, olha, tenho esse belo cofre, e você pode vir a qualquer hora e pegar o quanto quiser do seu ouro. E, é claro, sabemos pelos vídeos sobre reservas fracionárias que há uma pequena discrepância entre o que digo a você, o depositante, e a situação real, porque a primeira coisa que farei quando pegar isso, você sabe, peguei o seus depósitos e poderia lhe cobrar por deixar o seu dinheiro comigo, mas encontrei um esquema levemente sorrateiro, onde digo, ei, tenho observado você. Você nunca saca mais do que 10 pedaços de ouro por vez. Então eu empresto tudo menos os seus 10 pedaços de ouro. E acabamos nessa situação. 10 pedaços de ouro. Tenho uma declaração de débito de 100 pedaços de ouro, e pego os outros 90 pedaços e empresto para empresários da nossa ilha. Empresto a empresários. Empresto para A e empresto para B. E acho ótimo porque é óbvio que cobro juros desses caras, e assumindo que eles não torrem o dinheiro, terei todo o dinheiro de volta, e você terá todo o seu dinheiro de volta e ganharei juros. Você tem a guarda e eu ganho os juros sobre isso, e talvez isso ajude o fundo tornando o cofre legal e todo mundo feliz. Mas há aqui uma discrepância. O que eu lhe falei? O que falei a você, o depositante? O que lhe falei? Eu falei que você pode sacar 100 pedaços de ouro a qualquer momento. Você pode sacar 100 pedaços de ouro a qualquer momento. A qualquer momento. Agora, qual é a verdade? A verdade é que você pode sacar 10 pedaços de ouro a qualquer tempo, e evidentemente, isso é, não sei se você quer chamar de mentira ou não, mas isso não completamente verdadeiro. E sei que alguns de vocês devem estar dizendo, ei, Sal, esse exemplo dos pedaços de ouro é muito primitivo, mas nosso sistema monetário atual não funciona bem assim. Só para ter certeza que você entende que a analogia não é completamente diferente. Nosso sistema bancário é assim: você tem 10 pedaços de ouro que você me dá. Desenharei aqui. Esse é o sistema bancário moderno. Você me dá um depósito de 10 pedaços de ouro como esse, e eu digo, claro, eu te devo 10 pedaços de ouro. A minha declaração de débito com você. Tudo parece legal mas eu faço depósitos em cheques para outras pessoas, e o limite de quantos cheques eu posso depositar é baseado no depósito compulsório e tudo mais. Mas digamos que tenho que guardar no mínimo 10% das reservas, apenas para ficar fácil. Então o que faço dentro do nosso sistema moderno é emprestar para B e dou a B uma conta corrente que é equivalente a sua conta corrente. Essa é uma declaração de débito para B. Então essencialmente essa é uma promessa para B que, olhe, isso é uma conta corrente e você pode vir e pegar esse tanto a qualquer hora. Talvez seja 40, talvez seja 50 pedaços de ouro. Significa que você pode vir e pegar 40 pedaços de ouro de mim. Mas sabemos que na realidade as pessoas não pegam os pedaços de ouro. No nosso sistema moderno, não estamos nem lidando com ouro. Isso seria a moeda de reserva, mas é a mesma ideia que as pessoas estão pegando o dinheiro que não está necessariamente nas reservas. E, claro, farei outro empréstimo para a pessoa A, e criarei uma conta corrente para ela. E farei uma declaração de débito para A de 50, e a razão para isso dar certo é porque as pessoas usam essas contas correntes como uma forma de dinheiro. Quando te faço um cheque, note o que acontece, estou transferindo um desses depósitos pra vocês sem nenhum ouro ou nenhuma moeda de reserva. Então é assim como funciona. Mas se você olhar para esses dois Balanços, um é o exemplo básico. Na ilha, onde disse que tinha 100 pedaços de ouro e eu emprestei 90, eu devo 100. Disso para alguém, ei, você pode vir a qualquer hora e pegar seus 100 pedaços de ouro, mas a realidade é que eu emprestei 90 para outra pessoa. E qual é a situação no sistema moderno? Bem, disse as pessoas que tenho 100 pedaços de ouro, certo? 10 do depositante, 40 para esse cara que emprestei e outros 50 para esse cara, mas a realidade é que eu só tenho 10 pedaços e meus outros ativos são só empréstimos a outros. Então se você olhar para esses dois Balanços, você verá que eles são equivalentes. Sempre gosto de começar com esse porque esse é o que faz mais sentido. Se você fosse falar com alguém de 5 anos e dissesse, isso é o sistema bancário de reservas fracionárias, esse parece começa a parecer um pouco mais pesado, porque está criando empréstimos e as declarações de débito do nada, o resultado final é que eles são igualmente pesados porque ambos têm o mesmo Balanço. Então a próxima pergunta é, ei, Sal, o que há de errado nisso? E poderia perguntar a meu filho, o que há de errado com isso é que há uma discrepância entre o que eu disse ao depositante, e nesse caso, eu disse que ele pode sacar 100 pedaços de ouro a qualquer hora, quando na verdade ele pode sacar 10. Aqui, estou dizendo ao depositante que pode pegar quando quiser, quando na verdade, nesse sistema moderno é que você exigir quando quiser, e eu colocarei uma asterisco aqui, desde que não mais que 10% peça o dinheiro ao mesmo tempo. Peça o dinheiro ao mesmo tempo. Obviamente, penso que, todo mundo fica um pouco desconfortável quando você diz, olha, esse é como o nosso sistema financeiro moderno é feito e é o que permite que esse cara, esse Banco, como queira ver, seja o intermediário entre os poupadores, quem deposita, e as pessoas que precisam investir o capital em novos projetos ou outra coisa. E o contra-argumento para isso, para alguém que é contra bancos fracionários é que não há nada que impeça de fazer isso. Tudo que você tem que que fazer é dizer a verdade ao cara. O que você faz é, você faz exatamente essa situação. Você não lhe diz que pode sacar 100 pedaços de ouro a qualquer hora. Você lhe diz que pode sacar 10 pedaços de ouro a qualquer hora e que talvez 40 pedaços estarão disponíveis quando esse cara estiver disposto a pagar seu empréstimo, talvez em um ano, e que os outros 50 pedaços estarão disponíveis quando esse cara pagar seu empréstimo. Talvez em dois anos. Então a pergunta é por que isso não acontece? Bem, a verdade é porque se você dissesse ao depositante que que ele pode não ter todo o seu dinheiro ele diria, OK, tudo bem. Um, assumindo que você está dando a esses caras, há pessoas legítimas para dar seu dinheiro, eu quero um pouco do juros que você está ganhando porque está emprestando meu dinheiro. Se você fosse guardar o dinheiro por mais tempo, as pessoas iriam querer juros por isso. Mas quando é permitido ao Banco dizer meia-verdade, eles não tem que dar muito juros, porque quando dizem, ah, consigo ter meu dinheiro quando eu quiser, eles dizem, não preciso de tantos juros porque é a vista. Mas a verdade é que não conseguem o dinheiro a qualquer hora. Eles só conseguem parte do dinheiro a qualquer hora. Então o próximo pensamento será, OK, você não está sendo sincero quando diz ao depositante que está disponível e por você não ser sincero, você se permite não dar o tanto de juros que você daria se você dissesse que o dinheiro deles não está disponível, mas o que há de errado já que você é um bom investidor e faz bom uso do dinheiro? O mundo inteiro não ganha? Pode ser verdade na maior parte do tempo, levando em conta tudo que contei, mas imagine uma situação onde temos vários Bancos em nosso universo. Vou desenhar vários Bancos. Esse é o Banco Um, tenho o Banco Dois e o Banco Trẽs. O Banco Um e Dois são muito honestos e bons investidores. E sabemos que é difícil saber quem é um bom ou mau investidor, especialmente quando os tempos são bons, porque a maioria dos empréstimos tende a sair bem. Então esses são bons investidores. Mas o Banco Três adota risco extras. Deixe me escrever. E qual o incentivo para tomar risco extras? Digamos que o Banco Três está disposto a emprestar para pessoas que os Bancos Um e Dois não estão dispostos. Então o Balanço Patrimonial do Banco Três, esses empréstimos serão mais arriscados. Por que eles fariam isso? Porque quando você dá a pessoas com mais riscos, você consegue mais juros delas. Então eles têm mais risco para ter mais juros. E na verdade, se você olhasse para esses Bancos, diria que esse é mais rentável. Ainda pior, porque ele ganha mais juros, ele pode dividir mais desses juros com os seus depositantes. Então você pode ter mais contas correntes. Mais juros com os depósitos. Nessa situação, a pessoa que tem o maior risco será a mais rentável e eles darão mais juros e isso atrairá mais depositantes, certo? Se todos esses caras parecem o mesmo, e é muito difícil de saber o que os Bancos estão fazendo com o dinheiro, eles dirão, ei, darei meu dinheiro para aquela pessoa ali. Mas o que acontece quando as coisas começam a piorar? Assim que as coisas ficam difíceis, esse risco extra começa a aparecer e esse cara se torna insolvente. Então esse cara, vou desenhar o Balanço, o Balanço dele ficará mais ou menos assim. Ele tem um monte de empréstimos para receber. Ele tem alguma reservas aqui e ele tem um monte de depósitos que eu ou você fizemos a ele. Essas são as declarações de débito. Esses são os empréstimos. Assim que as coisas piorarem, alguns desses empréstimos também irão. Assim que alguns desses empréstimos não forem pagos, irei ouvir sobre isso no noticiário, e correrei até o Banco, e direi, quero o meu dinheiro de volta o mais rápido possível. E digamos que sou o primeiro e consiga meu dinheiro de volta. Eles prometeram. Então eu saco todo o dinheiro da minha conta e eu basicamente esgoto a reserva de depósitos. O próximo cara vem. Ele foi mais lento do que eu. Ele vem ao Banco e diz, devolva as minhas reservas. E o Banco diz que não há reservas. Então esse cara fica furioso. Ele não tem reservas. E, claro, o tempo todo o ativo desse cara estão ficando sem valor porque ele emprestou para pessoas que investiram mal. Então temos essas pessoas, quando descobrem que esse cara não conseguiu o dinheiro, todas essas pessoas vão chegar lá e exigir seu dinheiro e o Banco vai falir. Será duas coisas. Será ilíquido e insolvente. Já expliquei a diferença, mas ilíquido significa que os empréstimos podem ser bons, os empréstimo são bons, apenas não há dinheiro. Insolvente significa que esses empréstimos não são bons, que o valor deles não são o mesmo dos depósitos. Direi que esse Banco está insolvente. Você deve pensar que esses caras aqui merecem. Esses caras merecem porque foram gananciosos. Investiram nesse Banco que fazia coisas duvidosas só para ter um pouco mais de juros sobre os depósitos. Mas o que acontece quando isso acontece? Bem, você tem esses Banco bons aqui que fizeram empréstimos mais conservadores. Isso é como o Balanço deles, ambos os Balanços são parecidos. Eles têm algumas reservas aqui. Fizeram alguns empréstimos para bons empreendedores e há os seus depositantes. Mas assim que esse cara descobrir o que aconteceu com aquele Banco, ele verá que as coisas estão realmente ruins. Vou ser cuidadoso e ir até o meu Banco, e pegar meu dinheiro de volta e colocar no meu colchão. Então ele vai até o Banco e ele é o primeiro lá. Ele corre mais rápido do que todos os depositantes. Ele reivindica seu depósito. Então seu depósito, ele saca, e ele esgota todas as reservas. Ele não foi o único que estava com medo. Esse cara estava com medo também. Ele vai correndo para o Banco e o Banco diz, puxa, sei que fiz uma promessa que você poderia sacar tudo, mas o cara que você viu saindo do Banco pegou todas as reservas e tenho que admitir agora que menti pra você, você não pode sacar tudo. Eu emprestei o resto do dinheiro. Mas eu era um bom banqueiro. Esses são bons empréstimos. Esses empréstimos ainda valem. Se você esperar, terá seu dinheiro de volta. E, é claro, que esse cara não ficará tão feliz porque mentiram pra ele. E esse não vai ser o único cara. Quem não foi tão rápido também virão aqui e exigirão o dinheiro deles. E isso é conhecido como corrida aos Bancos. Onde por causa de uma maçã podre no sistema que está insolvente, todo mundo fica com medo e vem e diz, quero meu dinheiro, e porque temos esse sistema de reservas fracionários, o dinheiro não está lá. Não estará lá porque 90% por cento está emprestado. E uma vez que isso acontece lá, você correrá até o Banco Dois, e todo mundo vai tirar o dinheiro do sistema bancário. Então todo o sistema bancário, o caso aqui onde os ativos podem ainda valer o mesmo ou mais do que o passivo, esse cara ainda está insolvente, mas ele não tem nenhum dinheiro para pagar essas contas, então ele está com um problema de liquidez. Ele não tem as reservas, e é por isso que temos o Banco Central, que é um credor de último recurso. Esse cara pode ir até o Banco Central e dizer, ei, tenho pessoas batendo a minha porta. Faça um empréstimo pra mim. O Banco Centro emprestará algum dinheiro para ele, e, é claro, esse cara terá outro credor chamado Banco Central e ele pode usar isso para pagar esses caras. Mas isso deixa outra dúvida: Como o Banco Central sabe a diferença entre esse cara, ele deve dizer, OK, esse cara é bom. Vou emprestar para ter certeza que ele não tem um problema de liquidez. Como o Banco Central sabe a diferença entre esse cara aqui e esse aqui? Esse cara vai ao Banco Central. Ei, Banco Central, esses empréstimos ainda são bons. Só me dê um empréstimo para que eu possa pagar essas pessoas aqui. E o Banco Central diz, você é um banqueiro boa gente num prédio chique usando Rolex no seu braço. Você deve ser bom. Então o Banco Central emprestará para esse cara, e agora ele também deve ao Banco Central. Podemos ver que no sistema bancário de reservas fracionárias, você tem dois problemas. Você tem instabilidade, onde uma maçã podre pode levar um sistema inteiro a uma corrida aos Bancos. Um Banco ruim leva a uma corrida aos Bancos. Falarei sobre o que tem sido construído para consertar esse problema: essencialmente um seguro bancário. Vou falar dele num próximo vídeo. Então esse é o primeiro problema. E o segundo problema é que realmente se torna difícil diferenciar entre os Bancos bons e ruins. Quero dizer, não é difícil diferenciar de cara, bem, é difícil diferenciar e ainda é mais difícil quando você tem o Banco Central sendo o credor de último recurso. Quando falei sobre o seguro do Banco Central, se torna ainda mais difícil de diferenciar, e por causa disso, há um grande incentivo pros Bancos se arriscarem. Porque quando está tudo bem, eles farão mais dinheiro do que qualquer um, e quando estiver ruim, é muito difícil que todos sofrerão igualmente. Então no vídeo, falarei um pouco sobre o que tem sido feito para consertar esses problemas e se fazem sentido. Traduzido por [ Tábata Kotowiski ]