Nomeando compostos iônicos com íons polivalentes

RKA - Aqui eu tenho a fórmula de um composto iônico. E nesse vídeo, a gente vai tentar descobrir qual é o nome desse composto. A gente pode ver claramente que a gente vai ter algum cobalto aqui e algum enxofre, certo? Mas como que a gente vai nomear esse composto? Bom, se a gente pensar na convenção, o primeiro elemento que a gente vai listar vai ser o cátion, certo? Então, eu tenho aqui o meu cátion, que a minha convenção diz que ele vai ser o primeiro. Bom, se a gente olhar o cobalto, ele vai estar no bloco D, aqui na nossa tabela periódica, que é esse bloco que eu representei em azul. Bom, e esses elementos do grupo D são meio traiçoeiros, porque a gente não sabe exatamente como que eles vão se ionizar. Mas ok. Voltando na nossa fórmula, a gente sabe que esse cobalto vai ser o nosso cátion, ou seja, ele vai ser o nosso íon positivo. Mas lembre-se que a gente não sabe as cargas desse cobalto. Agora, vamos olhar para o enxofre. O enxofre é o nosso ânion. Ou a gente pode chamar ele de "ânion de enxofre", ou a gente pode chamar ele de "sulfeto". Se a gente olhar na nossa tabela periódica, o enxofre vai estar aqui no nosso grupo 16, estou marcando com essa flechinha. Bom, nesse grupo, os elementos querem ganhar 2 elétrons para completar a regra do octeto. É o mesmo pensamento que nós temos para o oxigênio. O íon sulfeto vai ser mais ou menos assim. Vamos ver aqui, eu vou marcar numa outra cor, vou fazer em preto. O meu íon sulfeto seria: S²⁻. Como esse enxofre quer ganhar 2 elétrons, a última camada dele vai parecer como a de um gás normal. A gente pode usar isso como uma pista para descobrir qual deve ser a carga do nosso cobalto, porque aqui a gente vai ter três sulfetos. Bom, se eu tenho três sulfetos, cada um deles vai ter uma carga de -2, certo? Então eu teria uma situação assim: 2-... S²⁻... e S²⁻. Se eu somo essas minhas cargas, eu tenho um total aqui de -6. Então, no total, eu tenho uma carga de -6. Agora, passando para o cobalto. Vou fazer o cobalto numa cor diferente também. A gente tem dois cobaltos, então eu teria aqui... Eu teria um cobalto aqui e um cobalto aqui. Bom, se gente tem dois cobaltos, e a gente tem que anular a carga de -6 que a gente tem nos sulfetos, a gente vai precisar que os nossos cobaltos tenham uma carga de +3. Se a gente tem +3 vezes 2 cobaltos que a gente tem, eu teria aqui uma carga de +6. Então cada um deles, se eu puxar uma flexinha aqui, vai ter uma carga de +3. Uma carga de +3. Só marcando aqui. Bom, a razão do porquê eu fiz isso tudo, é que isso é muito útil para que a gente possa nomear esse nosso composto. Bom, esse composto iônico é chamado de trissulfeto... Trissulfeto... de cobalto. Trissulfeto de cobalto. Bom, esse "tri" que eu escrevi aqui na frente significa que o cobalto... que o cobalto vai ter uma carga de +3. Como o cobalto pode ter múltiplas cargas, ele é chamado de um "íon polivalente". Então, eu vou marcar isso aqui embaixo. O cobalto... é polivalente. Por isso que eu escrevi esse "tri" aqui na frente. Bom, se, por exemplo, eu tenho um elemento do grupo 1, esse elemento vai tender a ter uma carga de +1. Assim como o grupo 2, ele terá uma carga de +2 e, por exemplo, se eu chego nos meus halogênios, que seria aqui o meu grupo 17, eu tenho uma carga de -1. Esses metais do grupo D, que é esse grupo que eu tenho em azul, eles podem se ionizar de inúmeras maneiras, e é por isso que a gente precisa descobrir qual que é a carga. Por isso que a gente fez todo esse trabalho para descobrir qual era a carga do cobalto. Bom, como eu disse, a gente pode ter outras ionizações para o cobalto, e a gente precisa descobrir qual que é essa ionização para que a gente possa escrever o nome dele. E aqui nesse caso, o nosso composto iônico é o "Trissulfeto de cobalto".