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Curso: Biblioteca de Biologia > Unidade 21
Lição 4: Metabolismo- Introdução ao metabolismo: anabolismo e catabolismo
- Visão geral do metabolismo
- Energia celular
- Estrutura e catálise enzimáticas
- Revisão sobre enzimas
- pH e velocidade de reação enzimática
- Impactos ambientais na função enzimática
- Variação molecular
- Fitness
- ATP sintase
- Respiração celular
- Evolução da fotossíntese
- Revisão sobre fotossíntese
- Fotossíntese
- Receptores acoplados à proteína G
- Junções célula-célula
- Ativação e inibição das vias de transdução de sinal
- Transdução de sinal
- Mudanças nas vias de transdução de sinal
- Comunicação celular
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Ativação e inibição das vias de transdução de sinal
Uso da via de transdução de sinal da toxina da cólera para entender ativação e inibição.
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Transcrição de vídeo
RKA12MC – Olá, meu amigo ou minha amiga.
Tudo bem com você? Seja muito bem-vindo ou bem-vinda a
mais um vídeo da Khan Academy Brasil. E, neste vídeo, vamos conversar sobre a ativação
e a inibição das vias de transdução de sinal. Aqui, nesta imagem, nós temos a descrição
de uma via de transdução de sinal que começa com a toxina da cólera. Nós conversamos sobre vias de
transdução de sinal em outros vídeos, mas essa é realmente a ideia que
você teria de moléculas fora da célula que interagem com receptores
na superfície da célula, e como isso criaria toda uma
reação em cadeia de eventos que faria com que a célula fizesse algo. O que está acontecendo aqui é que,
se você estivesse nessa situação infeliz, e isso não é algo que você
desejaria a qualquer um, mas, se você tivesse a bactéria
da cólera em seus intestinos, vamos dizer que isto aqui
seja a bactéria da cólera, a bactéria da cólera em seus intestinos vai liberar
o que podemos chamar de toxina da cólera. E aqui ela está representada de uma forma muito
abstrata por um círculo no topo de um triângulo. Não é assim que realmente se parece. Ela é um complexo de proteínas
com várias subunidades de proteínas. Eu estou apenas desenhando dessa forma para que a gente possa pensar sobre
essa parte do triângulo interagindo com esse receptor na célula epitelial. O que acontece aqui é que essa toxina da
cólera vai interagir com esse receptor gangliósido. Você realmente não precisa
saber de todos os detalhes aqui, apenas a ideia do que está acontecendo. Aí, uma vez que isso acontece, você pode ver
aqui que, nesses caminhos, nós temos setas, nessas vias de transdução de sinal. Você pode ver essas setas como
algo que vai ativar a próxima etapa, que também você pode dizer que
vai promover a próxima etapa, ou torná-la mais provável de acontecer. Mas vamos ver aqui o que acontece
quando essa coisa interage. A parte A da subunidade entra,
interage com uma proteína G. Você não precisa saber de todos os detalhes aqui, mas as proteínas G são coisas que você vai
ver em muitas vias de transdução de sinais. E, um detalhe, não existe apenas uma proteína G. Na verdade, é uma família de proteínas
que chamamos de proteínas G. E você pode ver todas essas proteínas G
como interruptores moleculares. Elas podem ser ligadas ou desligadas com base em
como elas estão interagindo com outras moléculas. Podemos ver isso através de suas
conformações ou suas mudanças de formas, ou seja, isso pode ser ativado ou desativado. Enfim, seguindo essas setas, podemos
ver o que eventualmente acontece. E você não precisa conhecer cada detalhe aqui. Eventualmente, isso leva ao
adenilato ciclase, o AMP cíclico. Com isso, a proteína quinase é envolvida. O resultado final desse caminho é que você tem
esses íons sendo liberados dessa célula epitelial. Isso faz com que água saia da célula,
e é isso o que causa diarreia. Assim, a toxina atinge
as suas células intestinais E, com isso, suas células intestinais
começam a liberar água. Assim, você vai ter uma diarreia
muito, muito, mas muito ruim. Esse é o quadro geral, mas agora podemos pensar
sobre o que pode acontecer em certas situações. Então, deixe-me te fazer uma pergunta aqui. Vamos dizer que essa célula epitelial,
de alguma forma, tenha uma mutação, vamos dizer que o seu receptor gangliósido
não interaja bem com a subunidade B aqui, com a toxina da cólera. O que pode acontecer nesse caso? Pause este vídeo e pense sobre isso. Ok, vamos dizer que, por qualquer motivo, essa célula epitelial tenha um receptor
gangliósido um pouco diferente, e não pôde interagir tão
eficientemente com a toxina da cólera. Bem, nessa situação, essa
ativação não estaria acontecendo, ou pelo menos não estaria
acontecendo de forma tão eficiente. Assim, alguém com esse
tipo de receptor gangliósido poderia ter alguns outros
efeitos colaterais negativos, mas isso não faria ter algo tão ruim
como uma diarreia da toxina da cólera, porque todos esses sinais nas vias de
transdução não estariam acontecendo, ou não estariam acontecendo de forma eficiente. A gente também pode ter uma outra situação aqui. A gente também pode ter outras moléculas que
podem atrapalhar a via de transdução de sinal. Por exemplo, vamos dizer que aqui
a gente tenha um receptor opioide. Se ele for ativado, ele vai ativar outra proteína G, que é diferente desta outra aqui,
mas faz parte da mesma família. E repare que a gente tem uma
coisa muito interessante aqui. Todas as vezes que a gente
vê uma linha como essa, em que gente tem uma cabeça
plana em vez de uma flecha, isso significa que isso está
inibindo esse processo. Esse receptor opioide é receptivo a uma
molécula conhecida como encefalina. Mais uma vez, você não precisa saber disso, mas o que você deve saber aqui é que: ok, você tem essa molécula fora da célula
que pode interagir com esse receptor opioide, que, então, vai ativar uma proteína G. E o que é interessante é que essa proteína G é,
na verdade, um inibidor desta molécula bem aqui. Aí, com isso, se você tiver cólera e
as toxinas da cólera em seu intestino, mas você também expuser as
células epiteliais à encefalina, bem, isso pode tornar a
diarreia um pouco menos ruim, porque, se isso for interrompido,
ou pelo menos se for inibido, o resto desse caminho não vai acontecer,
ou não vai acontecer tão eficientemente. Bem, isso deixa outra questão: se houvesse alguma mutação
no receptor opioide aqui, em que ele não fique tão bem
em ligação com a encefalina, qual seria o resultado final? Se o seu receptor opioide de alguma
forma não for tão receptivo à encefalina, a encefalina não será tão eficaz em ser
capaz de parar essa via de transdução de sinal, porque a encefalina não será capaz
de se ligar a esse receptor opioide, assim, essa inibição não vai ocorrer. E aí você teria apenas a via de transdução
regular da toxina da cólera ocorrendo, o que resulta em diarreia. Bem, eu vou parar por aqui,
mas o que é interessante observar é que, quando você vê esses caminhos,
você pode ver essas setas como ativação, ou seja, que estão te levando
para a próxima etapa, e essas linhas com essas
cabeças planas trata-se de inibição. É muito comum ver algumas perguntas,
e especificamente se você for um cientista, é se você pode construir esses caminhos. Mas você também vai receber
perguntas como, por exemplo: Ei, se houver uma mutação em algo que está
ativando parte do caminho, o que vai acontecer? A resposta é que o caminho não vai acontecer,
ou não vai acontecer de forma eficaz. E, se houver uma mutação e algo que
iniba o caminho, o que vai acontecer? Bem, se houver uma mutação, isso faz com que algo que inibiria regularmente
o caminho seja menos funcional. Assim, isso não será capaz de inibir
a via de transdução como deveria. Com isso, teremos uma via menos inibida. Enfim, meu amigo ou minha amiga, eu espero que você tenha compreendido
tudo direitinho o que conversamos até aqui. E, mais uma vez, eu quero deixar para
você um grande abraço, e até a próxima!