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Como a arte pode ajudá-lo a analisar o mundo

A arte pode salvar vidas? Não exatamente, mas nossos profissionais mais valorizados (médicos, enfermeiros, policiais) podem aprender habilidades do mundo real através da análise da arte. Estudar arte como o Tempo trespassado de René Magritte pode melhorar as habilidades analíticas e de comunicação, com ênfase tanto no visível quanto no invisível. Amy E. Herman explica por que o treinamento histórico da arte pode preparar você para a investigação do mundo real. Aula de Amy E. Herman, animação dos Estúdios Flaming Medusa Inc.

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  • Avatar leafers sapling style do usuário Geraldo Gonçalves Jr
    Muito interessante o vídeo. Ao mesmo tempo que mostra a utilidade da habilidade que a análise da arte trás a algumas profissões, parece limitar seu valor a apenas esse pequeno grupo profissional. Seríamos capazes de identificar outras áreas/profissões que também se beneficiariam desse conhecimento?
    (7 votos)
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    • Avatar piceratops tree style do usuário ArthurBarbosa
      Eu acho que a habilidade de analisar a arte não se limita a um pequeno grupo profissional, mas pode ser útil para diversas áreas e profissões que envolvem criatividade, comunicação, estética e cultura. Por exemplo, eu encontrei alguns textos que mencionam as seguintes profissões ligadas à arte:

      Música: composição, canto, instrumentos musicais, DJ, mixagem, masterização, produção, ensino e musicoterapia.
      Dança: coreografia, interpretação, criação de espetáculos e ensino.
      Artes cênicas: atuação, direção, dramaturgia, produção e ensino de teatro, cinema, televisão e ópera.
      Artes plásticas: criação de obras com diferentes elementos e materiais, como pintura, escultura, gravura e instalação.
      Conservação e restauro: reconstituição e preservação de obras de arte em museus, universidades, órgãos públicos e ateliês de arte.
      Arquitetura e urbanismo: projeto e construção de espaços internos e externos com funcionalidade, conforto e beleza.
      Design: criação de produtos, serviços, interfaces e ambientes com inovação, funcionalidade e estética13.
      Fotografia: captação, tratamento e edição de imagens com diferentes propósitos artísticos, jornalísticos ou comerciais.
      Essas são apenas algumas das possibilidades que existem para quem gosta de arte.
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  • Avatar winston default style do usuário kaiquedosantos.m
    fgzv g c c
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Transcrição de vídeo

Tradutor: Leonardo Silva Revisor: Gislene Kucker Arantes Existe uma postura corrente de que a arte não é importante para o mundo real. Mas o estudo da arte pode melhorar nossa percepção e nossa habilidade de traduzir aos outros o que vemos. Essas habilidades são úteis. Essas habilidades podem salvar vidas. Médicos, enfermeiros e agentes da lei podem usar a pintura, a escultura e a fotografia como ferramentas para melhorarem sua percepção visual e suas habilidades de comunicação, que são cruciais durante investigações e emergências. Se você estiver tratando um ferimento, investigando uma cena de crime, ou tentando descrever uma dessas coisas a um colega, a arte pode tornar você melhor nisso. Tipo, imagine que você seja um policial experiente ou um médico dedicado, mas também imagine que você esteja em um museu e vamos ver uma pintura. <i>Time Transfixed</i>, 1938, de René Magritte, retrata um cômodo misterioso e complexo que convida a uma análise, não diferente daquela necessária aos sintomas de um paciente ou à cena de um crime. Um trem em miniatura, cuja origem e destino são desconhecidos, está saindo de uma lareira, e a fumaça da locomotiva parece subir pela chaminé como se viesse do fogo, que evidentemente não existe em baixo. A estranheza da cena ecoa pela sala de estar vazia, intensificada pelo piso de tábua corrida e pelas molduras decorativas na parede à direita da lareira. Empoleirados em cima da bancada da lareira há dois candelabros e um relógio. Atrás desses objetos, há um grande espelho que revela um cômodo vazio e apenas um reflexo parcial dos objetos diante dele. A justaposição dos objetos que cercam o trem em movimento levanta diversas questões para as quais parece não haver resposta. Eu descrevi a pintura com precisão ou deixei de fora algum detalhe? Não tem problema se você vir algo a mais em uma pintura, mas e se fôssemos ambos policiais experientes? Eu chamo você para me dar apoio. Você aparece apenas para perceber que os dois ladrões de banco ninjas de que falei eram, na verdade, seis ladrões de banco ninjas com <i>lasers</i>. O estudo cuidadoso da arte pode treinar os espectadores a estudarem profundamente, analisarem os elementos observados, expressarem-nos de forma sucinta e formularem perguntas para tratar das aparentes inconsistências. Examinando os detalhes de uma cena pouco familiar, neste caso a obra de arte, e precisamente comunicando quaisquer contradições observáveis é uma habilidade decisivamente importante, tanto para as pessoas que analisam raios x quanto para aquelas que interrogam suspeitos. Vamos interrogar essa pintura, que tal? Certo, Magritte, essa pintura que você fez é bem pequena. Mas por que não há nela nenhum trilho de trem? Por que não há fogo? O que aconteceu com as velas? Por que a lareira não tem um pequeno túnel para o trem? Ele simplesmente atravessa a parede. E o relógio está marcando quase 1:45, mas não tenho certeza se a luz que entra inclinada pela janela diz que é pouco mais de meio dia. Do que se trata essa pintura, enfim? É aí que você, meu parceiro fiel, me detém, e eu vou embora. Você oferece a Magritte uma xícara de café e continua o interrogando, para ver se essa pintura ficaria firme no tribunal. Os espectadores podem fornecer uma descrição mais detalhada e precisa da situação, expressando o que é visto e o que não é visto. Isso é especialmente importante em medicina. Se uma doença é caracterizada por três sintomas e apenas dois estão presentes em um paciente, um médico deve explicitamente relatar a ausência desse terceiro sintoma, indicando que o paciente talvez não esteja com doença suspeitada. Expressando a ausência de um detalhe ou comportamento específico, conhecido como sintoma negativo pertinente, é tão crucial quanto relatar os detalhes e comportamentos que estão presentes para se tratar o paciente. E ausências evidentes só são evidentes aos olhos treinandos para enxergá-las. A arte ensina aos profissionais de diversas áreas de atuação não apenas a fazerem perguntas mais efetivas sobre o que não pode ser prontamente respondido, mas também, e principalmente, a analisarem situações complexas da vida real a partir de uma perspectiva nova e diferente, por fim, resolvendo problemas difíceis. Atenção intensa a detalhes, a habilidade de dar um passo atrás e ver de forma diferente, queremos que os socorristas tenham habilidades analíticas de historiadores mestres da arte, no mínimo. A arte nos treina a investigar e essa é uma habilidade da vida real, se é que já houve alguma.