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Curso: Biblioteca de Biologia > Unidade 12
Lição 3: GlicóliseEtapas da glicólise
Introdução à glicólise. Papel da glicólise na produção de ATPs e NADHs e na conversão de glicose em piruvatos.
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- Às9:01, quando o NAD está sendo reduzido, um fosfato é adiconado a molécula... de onde vem o fosfato? do NAD?(1 voto)
- fosfato e um ion poliatomico ou um radical consistindo de um atomo de fosforo e quatro de oxigenio.(0 votos)
- Em4:25quando o hidrogênio sai, a molécula oxida?(1 voto)
Transcrição de vídeo
RKA9MB - Bem, esta aqui é uma visão geral da glicólise. E a glicólise é uma via bioquímica importantíssima, que ocorre praticamente em todas as formas de vida que conhecemos. E ela consiste, basicamente, em pegar a glicose como combustível e quebrá-la em duas moléculas de piruvato. A glicose é uma molécula de 6 carbonos e cada piruvato tem 3 carbonos. E, neste processo, nós teremos um saldo de 2 ATPs. Na realidade, você precisa usar 2 ATPs, mas no final você produz 4. Então, usamos 2 ATPs (que é a fase que nós chamamos de investimento) e produzimos 4 (4 ATPs são produzidos). Então, nós teremos um saldo líquido de 2 ATPs. E é por isso que nós estamos
vendo esses 2 ATPs aqui. E nós também temos a redução do NAD⁺ para o NADH. Lembre-se de que redução é ganhar elétrons. Então, esta carga positiva aqui some no NADH. Isso acontece porque o NAD⁺ está ganhando um hidreto, certo? Um hidrogênio com elétron (este ânion aqui). Então, desta forma, o NAD⁺ vai ser
reduzido para NADH (então redução, ok?). E o NADH pode ser oxidado na cadeia
transportadora de elétrons para produzir mais ATPs ainda. E a glicólise é, basicamente, o começo da respiração celular. Se o oxigênio está presente, nós temos esses produtos aqui que vão entrar na mitocôndria e participar do ciclo de Krebs, ou ciclo do ácido cítrico. Caso não haja oxigênio, o que vai acontecer é a fermentação, ou a respiração anaeróbia. Vamos olhar agora em detalhes como funciona tudo isso. Então, aqui nós temos uma molécula de glicose. Nós temos 1, 2, 3, 4, 5, 6 carbonos. E o próximo passo é que ela vai ser fosforilada. E nós temos um vídeo só sobre isso, ok? Este processo é facilitado pela hexoquinase (e "ase" é enzima, ok?). E a hexoquinase recebe a ajuda do íon magnésio. É um cofator de enzimas. Nós falamos disso em outro vídeo, certo? E, neste processo, também é consumido um ATP. Então, menos um ATP. Aqui é a etapa de investimento, ok? E esta reação vai fortemente da
esquerda para a direita. É uma reação acoplada. A fosforilação
da glicose requer energia livre. O ATP libera essa energia livre, o equilíbrio vai muito forte para a direita. E vou destacar aqui para deixar mais claro; vejam que o hidrogênio foi substituído pelo fosfato. Aqui, nós temos outra reação catalisada por enzima. E veja que está em equilíbrio; mas, como você pode ver, o lado direito vai se transformando em outros produtos. Então, a concentração vai diminuir e a
reação vai tender para este lado. A isomerase, como o próprio nome diz, é uma enzima que transforma um isômero em outro. Então, é isto que está acontecendo aqui: ao invés desse oxigênio se ligar a este carbono, ele está se ligando a este carbono nessa molécula. E, aqui, nós temos uma outra reação facilitada pela enzima fosfofrutoquinase. E, mais uma vez, a quinase vai adicionar aqui um grupo fosfato à molécula. Nesse caso, ela vai ficar com dois grupos fosfatos. Então, esse hidrogênio vai ser substituído por este outro grupo fosfato. Isso mais uma vez é facilitado pelo magnésio como cofator da enzima. O importante aqui é ver que ele consome então mais 1 ATP (então, aqui, é consumido mais 1 ATP). E, no próximo passo aqui, nós vamos quebrar a glicose; e, para isso, vamos usar a enzima frutose-bifosfato aldolase. E como resultado essa molécula de 6 carbonos vai ser quebrada então em 2 moléculas de 3 carbonos cada. E essas 2 moléculas formadas podem ser convertidas uma na outra por esta outra enzima aqui, que também é uma isomerase. Lembrando que nós vamos ter 2 moléculas para cada molécula de glicose. Então, são 2 gliceraldeído e 3 fosfatos. Então, agora, nós temos uma nova reação facilitada por essa enzima desidrogenase. Então, ocorre a redução do NAD⁺. E, nesse processo, é adicionado um grupo fosfato. E, na verdade, nós poderíamos colocar flechinhas aqui dos dois lados, porque a reação pode acontecer nas duas direções. E, agora, nós vamos entrar finalmente na
fase de pagamento. Então, um dos grupos fosfato vai sair da molécula, e este processo produz ATP. E, como nós temos duas moléculas, isso acontece duas vezes, então nós temos 2 ATPs. E o próximo passo aqui é que esta enzima vai pegar este grupo fosfato e vai tirá-lo deste carbono e colocar neste carbono do meio. E é isso que ela faz. O próximo passo é mediado pela enzima enolase;
e, em seguida, a piruvato quinase vai desfosforilar esta molécula. E como resultado nós vamos ter o ácido pirúvico. E veja que, quando este hidrogênio sai, nós vamos ter então o piruvato. E este vai ser considerado o final da glicólise. E repare que o ADP foi convertido em ATP. E, novamente, nós vamos ter
então isso vezes 2 (2 ATPs). Então, com os 2 ATPs que foram consumidos na fase de investimento, e esses 4 ATPs gerados, nós temos um saldo positivo de 2 ATPs. Bem, pessoal, por hoje é só. Espero que vocês tenham gostado do vídeo. E até a próxima!