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Diferenças de tradução entre procariontes e eucariontes

Versão original criada por Efrat Bruck.

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Transcrição de vídeo

RKA21MC - Alô, alô, moçada! Tudo bem com vocês? Hoje nós vamos conversar sobre algumas diferenças sobre como a tradução ocorre em células procarióticas, e como acontece em células eucarióticas. Eu quero focar principalmente no RNA mensageiro logo antes de estar pronto para ser traduzido, então nós vamos começar com o RNA mensageiro procariotico. Vamos olhar primeiro na região cinco linha. Então, nós temos essa parte em amarelo aqui, que é a região não codificante, e é assim denominada porque o ribossomo não vai ler aquela parte, então logo após a região não codificante temos a sequência de Shine-Dalgarno. que é o local onde o ribossomo irá reconhecer e se ligar. Vamos colocar um ribossomo bem aqui. Então, aqui é onde o ribossomo procariótico irá se ligar, e depois da sequência de Shine-Dalgarno temos outra região não codificante. eu irei abreviá-la como RNC, região não codificante. Então, teremos nosso códon inicial, o que normalmente é a trinca AUG, adenina, uracila, guanina, e isso sinaliza o início do processo. Então, o cromossomo vai começar a traduzir, lendo essa seção inteira, juntando as cadeias de polipeptídeos correspondentes até atingir o códon de finalização que diz para parar de traduzir. Então, temos outra região não codificante. Certo, agora a gente vai ver o RNA mensageiro eucariótico. Ele é bastante similar, mas você pode ver aqui algumas diferenças. Então, vamos começar nessa região aqui, cinco linha, vou colocar um "G" aqui dentro para sinalizar que é uma guanina, e o CAP cinco linha é o local de ligação do ribossomo nos eucariotos. Isso significa que nos eucariotos o ribossomo vai reconhecer essa parte específica e se ligar a ela. Então, após o CAP cinco linha teremos outra região não codificante que o ribossomo não irá traduzir. Então o ribossomo vai encontrar o códon de início, AUG, e começará a tradução. Ele vai traduzir essa seção inteira até atingir o códon de finalização, e aí teremos outra região não codificante e aqui temos algo de diferente dos procariotos. Essa sessão com nucleotídeos azuis que eu estou ilustrando aqui é chamada de cauda poli-A. A cauda poli-A é um monte de nucleotídeos que são todos adeninas, então desenharei vários "A" dentro de todos esses nucleotídeos, tudo bem? A cauda poli-A é um tanto comprida, tem entre 100 e 250 nucleotídeos, mais ou menos. Lembre-se de que eu não desenhei todos na escala correta porque estou só ilustrando, tudo bem? O propósito tanto do CAP cinco linha quanto da cauda poli-A é impedir esse RNA mensageiro de ser degradado por enzimas, então agem como uma espécie de sinal que não permite que enzimas quebrem esse RNA mensageiro ou degradem suas extremidades. Então, você pode estar imaginando: e o RNA procariótico? Ele não tem nada parecido para impedir que sejam degradados? A resposta concisa para essa pergunta é que nas células procarióticas, tanto a transcrição como a tradução ocorrem no mesmo local, ou seja, no citosol, e de forma simultânea, já que as células procarióticas não possuem exatamente o núcleo bem definido. Portanto, ao mesmo tempo que o RNA mensageiro vai sendo transcrito, o ribossomo já se liga a esse RNA mensageiro e já vai traduzindo a poliproteína nos procariotos. Na célula eucariótica a transcrição ocorre no núcleo e a tradução ocorre no citoplasma, que é onde estão os ribossomos. O RNA mensageiro, depois de transcrito, deve viajar do núcleo para o citoplasma, para onde estão os ribossomos. E apenas porque está viajando essa distância relativamente longa, ele vai encontrar várias coisas diferentes, incluindo algumas enzimas que podem degradá-lo. Ele precisa de proteção extra para impedir que seja danificado de alguma forma. Ah, e eu lembrei de mais uma diferença que preciso ensinar a você antes de terminarmos a nossa aula. Eu quero falar sobre o primeiro aminoácido que é sintetizado na tradução para os organismos procariontes e eucariontes. Em células procarióticas, o primeiro aminoácido na cadeia é sempre formil metionina, que nada mais é que um aminoácido metionina com um grupo formil ligado a ele. Caso você tenha se esquecido de como é um grupo formil, ele é desse jeito, assim. Em células eucarióticas, o primeiro aminoácido em todas as cadeias de polipeptídeos é simplesmente metionina, sem o grupo formil. É interessante saber disso porque a formil metionina acaba agindo como um sistema de alarme no corpo humano, então quando você tem células de bactérias em seu corpo que foram danificadas de alguma forma, haveria essas formil metioninas flutuando por ali, o que sinaliza o sistema imunológico de que há bactérias naquele local. Não deixe de ver nossas próximas aulas sobre o assunto! Bons estudos e até a próxima!