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Civilizações detectáveis em nossa galáxia 1

Uma estrutura para pensarmos sobre quantas civilizações detectáveis haveriam lá fora. Versão original criada por Sal Khan.

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Transcrição de vídeo

RKA4JL - E aí, pessoal, tudo bem? Na Via Láctea existem entre 100 e 400 bilhões de estrelas e a pergunta que eu faço é a seguinte: será que existe alguma civilização orbitando essas estrelas? E se existirem, será que elas podem ser contatadas? Ou será que elas atingiram o nosso mesmo nível tecnológico? E é possível emitirem ondas eletromagnéticas por aí? Será que essa civilização é parecida conosco? Será que tem alguém, por exemplo, assistindo TV? Eu não posso responder isso, até porque essa é uma pergunta muito ampla, ou seja, nós não temos informações necessárias para respondê-las. Mas nesse vídeo, eu quero pensar em uma forma de estimar isso, isto é, estimar quantas civilizações há na Via Láctea. Existe uma fórmula para isso. Eu não sei se você já ouviu falar da chamada "fórmula de Drake". Então nesse vídeo nós vamos estudar esta equação e colocar a nossa própria versão da equação de Drake, ou seja, a fórmula vai ser um pouco diferente, mas terá a mesma lógica de pensamento. Quem sabe, em um futuro vídeo, eu não possa colocar a verdadeira fórmula de Drake? Essa fórmula vem de Frank Drake, que é um professor da Universidade da Califórnia em Santa Cruz, e ele foi o primeiro a pensar nessa estrutura. Por isso a fórmula tem seu nome. Essa equação, embora não seja tão fácil assim de aplicar, ela leva a uma questão, que é: “Quantas civilizações existem na galáxia?” Para começar, vamos pensar um pouco diferente do que o Frank pensou. Então, quantas estrelas novas surgem a cada ano? Eu vou chamar de “n” o número de civilizações que podem existir na Via Láctea. E mais uma vez, lembre-se que podem existir várias civilizações aqui nessas estrelas. Talvez um planeta aqui que tenha água, talvez vida inteligente. Mas de qualquer jeito, eles não podem ser contatados. Talvez não tenham tecnologia para enviar sinais. Enfim, eles não conseguem se comunicar de alguma forma com a gente. Aqui nós estamos falando de civilizações como a nossa, isto é, em algum nível usando tecnologia parecida com a nossa. É isso que eu quero dizer com “detectável”: o que pode existir. Então vamos colocar aqui o igual e então eu vou começar pelo nosso número de estrelas, ou seja, o número de estrelas no nosso sistema solar. Eu vou chamar isso de “n*” (asterisco). Nós dissemos que existem, mais ou menos, de 100 a 400 bilhões de estrelas no nosso sistema solar. Então, aqui, o número de estrelas. Lembrando que isso aqui é o símbolo de cardinalidade de um conjunto, ou seja, a quantidade. É número. Então, o número de estrelas na galáxia. Lembrando que existem entre 100 e 400 bilhões de estrelas no nosso sistema solar. Nós não sabemos quantas são acessíveis, e se são acessíveis. O centro da galáxia é um grande borrão, não sabemos o que tem do outro lado, até porque nem vemos todas as estrelas lá no centro. Então isso aqui é um chute. Nós temos entre 100 e 400 bilhões de estrelas. Agora, vamos supor que existam planetas em seu redor. Então vamos multiplicar as estrelas pelos planetas. Então, pela frequência de possuir um planeta. Então isso aqui vai ser as chances de terem planetas. Então se isso aqui são 100 bilhões, vamos dar um chute, um palpite, sobre isso aqui? Até porque todos os dias se descobrem coisas exuberantes no espaço, então, talvez, isso aqui seja ¼ da quantidade de estrelas. E se estou dizendo que isso aqui é 100 bilhões dividido por 4, nós temos, aproximadamente, 25 bilhões de planetas. Isso não quer dizer que existam civilizações nesses planetas. Poderia ser, por exemplo, Júpiter, Netuno ou Mercúrio. Poderia até ter planetas capazes de sustentar uma vida, isto é, um centro rochoso, água líquida por fora, mais ou menos isso que pensamos que é necessário para a vida. Então nós vamos multiplicar isso pelo número de planetas bons, ou seja, nós não sabemos exatamente se pode ter vida neles, mas eles estão próximos das estrelas e não são nem tão quentes e nem tão frios, quer dizer, têm gravidade, água. Não sabemos o que isso significa exatamente, mas vou colocar aqui a média de planetas capazes de manter a vida. De novo, nós não temos a resposta para isso, nós não sabemos o número exato. Talvez 0,1 por cento de qualquer sistema solar pode ter planetas que são capazes de manter vida. Quer dizer, nós não temos a resposta exata para isso, então eu vou chutar que talvez seja 0,1 mesmo. E aqui as chances de terem planetas, de novo, nós não temos o número exato, talvez seja ¼. Então, por hora, se nós quisermos saber o número de civilizações que podem existir na Via Láctea, nós pegamos o número de estrelas na galáxia, multiplicamos pelo número de chances de terem planetas e multiplicamos pela média de planetas capazes de manter a vida. Mas, de novo, não é porque você tem os ingredientes que, necessariamente, você terá essas civilizações. Ou melhor, não significa que você terá a vida acontecendo nessas civilizações. Então vamos multiplicar isso pela porcentagem de ter vida. Então aqui vai ser a chance de ter vida neles. Pode ser que aconteçam essas coisas aqui, e então vamos dizer que a chance de ter vida seja de 1 em 10, ou seja, talvez 1 em cada 10 planetas possuam vida. Para ser sincero, eu acho que esse número é até maior, porque a vida é tão forte e é gerada tão estranhamente que eu acho que vou até mudar esse número aqui e vou colocar 0,5. Então vou colocar aqui ½. Claro, estou assumindo que todas essas coisas que estão acontecendo, talvez até alguns planetas já tiveram vida e quem sabe foram destruídos por uma guerra nuclear, isto é, quem sabe algum planeta teve vida em algum ponto de sua história. Agora, essas civilizações podem ter vidas inteligentes. Por exemplo, se os dinossauros não tivessem sido atingidos por um asteroide, eles não teriam evoluído a ponto de poderem assistir TV, usar a internet, entre todas essas outras coisas, ou seja, isso é uma circunstância anormal. Então pensando nisso, vamos multiplicar isso pela chance de ter vida inteligente. Então isso aqui será a vida inteligente. E claro, eu vou chutar isso aqui em 1 sobre 10, ou seja, provavelmente 1 planeta a cada 10 planetas possui vidas inteligentes. E é importante você observar este ponto aqui quando nós falamos de vidas inteligentes. Nós temos todos esses exemplos aqui de vida, mas o que interessa para a gente é se tem vida inteligente no planeta. Isso porque nós acreditamos que somente vida inteligente é capaz de se comunicar com a gente, isto é, achar algum meio de se comunicar com a gente. Mas, claro, mesmo que se tenha vida inteligente, não necessariamente terá a sofisticação tecnológica necessária para se comunicar com a gente, ou seja, para usar ondas de rádio para comunicação ou qualquer outro meio de comunicação, como, por exemplo, aqui, quando ainda não tínhamos sofisticação necessária para nos comunicarmos. Então nós vamos multiplicar tudo isso daqui pela fração dos que usam a comunicação. E então, essa comunicação nos permite contatá-los. Então isto aqui são os detectáveis. Isso daqui dará o número de civilizações detectáveis, ou melhor, civilizações com vida que se tornam detectáveis a nós. Mas, claro, essas civilizações podem até se destruir ou existir por um pequeno período de tempo, o que nem daria tempo da gente detectar nada. Então, por exemplo, se nós vemos uma estrela a 10 mil anos-luz, significa que esse sinal foi lançado 10 mil anos atrás. Então o que nós conhecemos desse sinal é a fração que está chegando agora para nós. E nós multiplicamos tudo isso pela média de vida de uma civilização. Então L será a vida útil ao longo da vida da estrela e eu vou dividir isso por T, que vai ser a média de vida da estrela. Então aqui o Ts será a média de vida da estrela. Mas, claro, aqui eu estou falando de média de vida de uma estrela, e eu vou pegar, por exemplo, uma supernova. Eu poderia até dizer a expectativa de vida média para o planeta ou qualquer outra coisa, mas nós estamos assumindo que as nossas estrelas são as supernovas, ou seja, você não terá chance de vida na Terra para se desenvolver mais. Então talvez isso aqui aconteça a cada 10 mil anos e isso aqui acontece a cada 10 bilhões de anos. Se você multiplicar tudo isso daqui, você terá o número de civilizações detectáveis em nossa galáxia agora. E claro, esse número nós vamos discutir futuramente com uma versão mais famosa da equação de Drake. Também, eu vou falar mais um pouco desse pedaço aqui, porque eu acho que é um pouco confuso. Mas é isso aí, pessoal. Até a próxima aula!