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Transmissão do HIV

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Transcrição de vídeo

RKA13MC - Olá, meu amigo ou minha amiga, tudo bem com você? Seja muito bem-vindo ou bem-vinda a mais uma aula de Ciências da Natureza. E nesta aula, eu vou conversar com você sobre a transmissão do HIV. Nós já sabemos um pouco sobre o HIV, que inclusive é um vírus que ataca o seu sistema imunológico, e, se não for tratada, causará um estado de falha imunológica, uma deficiência imunológica em uma pessoa. Esse estado de deficiência imunológica é chamado de AIDS, e é essencialmente o estágio final de uma infecção por HIV não tratada. Como eu falei, neste vídeo, nós vamos conversar um pouco sobre as formas de transmissão do HIV, algumas das diferentes formas que, possivelmente, pode levar o HIV para a corrente sanguínea, e assim desenvolver uma infecção por HIV. A gente vai fazer isso aqui de uma forma bem simples, tudo bem? Sabendo disso, eu posso dizer para você que o HIV é mais frequentemente transmitido através do contato com três tipos diferentes de fluidos corporais, isso, claro, caso uma pessoa já tenha uma infecção por HIV. Então, se uma pessoa entrar em contato com um dos fluidos corporais de uma pessoa infectada, ela pode ser infectada por HIV também. E quais são esses fluidos corporais? O sangue, o fluido sexual ou genital, e daqui a pouco eu vou explicar um pouco melhor sobre isso, e também o leite materno. Para entender isto aqui, nós vamos olhar quatro cenários bastante comuns, esses são os cenários mais comuns na qual o HIV se espalha através desses fluidos corporais. Vou deixar algo aqui bem claro: esses fluidos corporais infectados precisam entrar em contato com a pele rachada, ou diretamente com a corrente sanguínea, talvez por meio de uma injeção ou algo parecido. Ou eles teriam que entrar em contato com uma de suas membranas mucosas, que são algumas partes do seu corpo que não são protegidas pela pele normal. Então, por exemplo, dentro da sua boca, ou dentro da vagina, ou do reto, ou ainda na abertura do pênis. Você não será infectado apenas por... digamos, apenas olhando para esses fluidos, ou apenas estão do perto deles ou algo assim. Esses fluidos precisam entrar em sua corrente sanguínea, ou passar por uma de suas membranas mucosas por contato físico, para, assim, você possivelmente desenvolver uma infecção. Começando aqui de cima: vamos observar o contato com o fluido sexual, que, na verdade, é a maneira mais comum em que o HIV é disseminado, tipicamente quando ocorrem relações sexuais desprotegidas com alguém que tem HIV. Olha, não deixa estas fotos assustarem você não, tá? Estas aqui são apenas algumas seções transversais da pélvis. Aqui do lado esquerdo, nós temos uma pélvis feminina e aqui o direito nós temos uma pélvis masculina. Nós vamos usá-los para examinar os órgãos sexuais. Fluidos sexuais, como sêmen, ou o líquido pré-seminal, ou ainda o fluido vaginal, ou até mesmo o fluido retal podem propagar o HIV porque muitas vezes há uma quantidade bastante alta de partículas virais dentro desse fluidos, principalmente nas primeiras semanas de uma nova infecção pelo HIV, quando a carga viral da pessoa infectada em seu sangue ou em seus fluidos sexuais está em níveis extremamente altos. Mas, em termos de atividades sexuais reais, em geral, sexo anal desprotegido com um homem ou uma mulher é o maior risco de comportamento sexual, porque não só existe exposição de fluidos sexuais infectados pelo HIV para membranas mucosas, como também há abertura da ponta do pênis e o interior do reto em uma mulher ou um homem são membranas mucosas. Além disso, se houver algum trauma nas partes dos corpos envolvidos, pode haver algum sangramento lá, e que pode ter vírus, e, assim, aumentar o risco de infecção. Vírus do fluido do sexual infectado ou sangue podem atravessar as membranas mucosas de uma pessoa não infectada, ou podem entrar diretamente na corrente sanguínea de uma pessoa através de uma área que esteja sangrando. Agora, isso não quer dizer que o sexo vaginal desprotegido não é arriscado também. Acontece que o sexo vaginal desprotegido é o segundo maior comportamento sexual de risco, porque, novamente, há exposição de fluidos sexuais, tanto o sêmen quanto o fluido vaginal, através das membranas mucosas, que o HIV adora atravessar quando pode. Novamente, embora seja menos provável do que no sexo anal, também pode ocorrer algum trauma com a parte do corpo envolvida, então pode haver algum sangue envolvido também, e, claro, contendo o HIV. Isso aqui é só para deixar perfeitamente claro que o sexo anal tem um maior risco de transmissão, e o sexo vaginal possui o segundo maior risco. Mas, o sexo vaginal é o modo como HIV é transmitido mais frequentemente, no geral, porque mais pessoas realizam sexo vaginal do que o sexo anal. E assim, por último, nesse quadrante de temática sexual, eu só quero mencionar que o sexo oral de qualquer tipo, ou seja, usando a boca para estimular o pênis, a vagina ou o ânus, corre o risco de transmitir HIV pelas mesmas razões de antes. Membranas mucosas da boca sendo expostas a fluidos sexuais, e membranas mucosas do pênis, ou da vagina, ou ainda do ânus, sendo expostas a, possivelmente, sangue, talvez a boca que tivesse alguma ferida aberta, que inclusive pode ser um dos sintomas que podem ocorrer em uma infecção pelo HIV, existe a possibilidade de ocorrer um sangramento. Mas só uma pequena observação aqui: infecções sexualmente transmissíveis, como a clamídia, ou sífilis, ou ainda herpes, aumentam, e muito, o seu risco de transmitir ou ficar infectado com HIV nesses cenários de risco, porque é mais provável que você tenha uma ruptura em sua pele ou nas superfícies mucosas, já que são sintomas dessa ISTs. Então, feridas ou úlceras são muito comuns nesse cenário, e, assim, o HIV pode infectar muito mais facilmente essa pessoa. Vamos para o próximo quadrante aqui. Depois da transmissão sexual, o modo de transmissão mais frequente é uma pessoa exposta a um sangue infectado. E esse é o segundo modo de transmissão mais frequente, em especial, procedimentos envolvendo agulhas contaminadas pelo sangue de outra pessoa, por exemplo, usando drogas intravenosas, e depois compartilhando agulhas com uma pessoa infectada pelo HIV. Nesse caso, o HIV é apenas um dos muitos vírus que você pode pegar compartilhando agulhas no uso de drogas intravenosas, porque você está transferindo minúsculas gotículas do sangue de uma pessoa infectada diretamente para a corrente sanguínea por meio de uma agulha. Outras agulhas ou procedimentos relacionados, como, por exemplo, ferimento por picadas de agulha, também são comuns. Digamos que você seja um profissional da área de saúde, e você está trabalhando com um paciente HIV positivo. Talvez você esteja tirando o sangue ou algo parecido. Você pode acidentalmente se machucar com essa agulha e acabar se contaminando com o sangue dessa pessoa, e isso ocasionalmente acontece. Infelizmente! Existe um risco de transmissão do HIV nesse caso. Mas lembre-se: é preciso ter em mente que o risco de transmissão depende, em certa medida, da carga viral de uma pessoa. Então todos esses riscos são modificados, podendo ser maiores ou menores, dependendo do quanto de HIV que está no sangue de uma pessoa. Normalmente, quando as pessoas são tratadas com medicamentos específicos, têm uma quantidade muito baixa de HIV. Mas, quando essas pessoas não estão sendo tratadas, as quantidades de HIV são muito altas. A última coisa que eu vou dizer aqui é a transfusão de sangue contaminado, e isso não é tanto um problema hoje em dia, pelo menos não na maioria dos países, porque existem processos rigorosos de triagem do sangue do doador e do suprimento de sangue que os bancos de sangue têm em mãos. Mas, nos velhos tempos, lá no final da década de 80 e início dos anos 90, o sangue doado normalmente não era testado para HIV. Isso parece meio louco, não é? Atualmente as transfusões contaminadas não acontecem, pelo menos não na maioria dos países. Mas vale mencionar aqui que isso ainda é algo para se estar ciente. Agora vamos para o terceiro quadrante. Qual é a terceira forma mais frequente de transmissão de HIV? Bem, na verdade, é de uma mãe infectada pelo HIV para o bebê, durante o parto. Isso é um pouco alarmante. Cerca de 90% das crianças que possuem HIV adquiriram de sua mãe durante o nascimento, algo que também é chamado de "transmissão vertical", já que ocorre da mãe para o filho durante a gestação ou durante o parto. Nós não temos 100% de certeza de como ocorre a transmissão, mas existe uma linha de pensamento que diz que isso ocorre devido à exposição do bebê ao sangue da mãe, ou ao fluido vaginal, ali na saída do canal do parto. E, claro, isso é transmitido através das membranas mucosas do bebê, já que um recém-nascido tem uma pele muito fina. E aí, claro, nesse caso, não vai ser muito difícil ocorrer uma transmissão de HIV. Felizmente, existem medicamentos que podemos dar à mãe antes e depois de sua gravidez e trabalho de parto. E também existe medicação que podemos dar para o bebê. Tudo isso vai reduzir drasticamente o risco da mãe passar o HIV para o bebê dela. Se existe o risco de cerca de 25% a 30% de transmissão de HIV sem medicação, com a medicação, isso se reduz para 1% a 2%. Ou seja, com a medicação apropriada, nós vamos ter uma redução de 20 vezes nas chances da mãe transmitir o HIV para o bebê recém-nascido. Agora vamos para o último quadrante. Esse também envolve a mãe e o bebê, que é a transmissão do HIV via amamentação. O leite materno em uma mãe infectada contém partículas de HIV. Então, quando o bebê se alimentar, estará ingerindo muitas e muitas partículas de HIV, o que, obviamente, não é o que a mãe está querendo. Não está muito claro ainda como que o HIV entra no leite materno, mas, quando o bebê o ingere, ele pode ser infectado, pois o HIV vai ser absorvido pelo trato digestivo. Bem, antes de terminarmos aqui, eu só quero mencionar duas coisas para você. Primeiro: o risco de transmissão, pelo menos nesse quadrante aqui, vai cair, e muito, se a pessoa infectada estiver usando preservativos para bloquear, de forma física, a transferência do HIV. E, claro, tomar adequadamente a medicação para o HIV para reduzir a carga viral em seu corpo, em seu sangue e nos fluidos, que mencionamos aqui nesse cenário. Aqui no segundo caso também, a utilização apropriada de medicamentos para o HIV vai reduzir, e muito, o risco de transmissão do compartilhamento de agulhas, e na transmissão da mãe para o recém-nascido e no leite materno. Ou seja, em todos esses cenários aqui. A segunda coisa que eu quero falar com você é que essas são todas as formas que você pode contrair uma infecção pelo HIV, mas acho que vale a pena mencionar algumas maneiras que você não pode contrair uma infecção por HIV, coisas que não são muito bem conhecidas, ou que podem haver muitos mitos em torno delas. A menos que alguns desses aqui tenham sido contaminados por sangue infectado, o HIV não é transmitido pelos fluidos corporais, como saliva, lágrimas, suor, urina, ou ainda as fezes. E não é espalhado pelo ar, como a tuberculose é. Então, estar perto de uma pessoa com HIV não vai de alguma forma transmitir o vírus pelo ar e causar uma infecção em outra pessoa. E também não é espalhado pelo contato casual, tais como apertar as mãos ou abraçar alguém que tem HIV. Na verdade, esse vírus não sobrevive muito bem fora de um corpo humano, então você não pode ser infectado por placas de compartilhamento com uma pessoa infectada em um restaurante, ou por tocar em um assento de toalete em um banheiro público, ou qualquer coisa assim. Mas vamos lá. Resumindo as principais formas de transmissão: atividade sexual desprotegida, agulhas contaminadas, da mãe para o recém-nascido e através do leite materno. Enfim, espero que você tenha compreendido tudo isso que a gente conversou aqui neste vídeo e, mais uma vez, eu quero deixar aí para você um grande abraço, e até a próxima.