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Detecção de estímulo e processamento paralelo

Neste vídeo, abordaremos a habilidade de decompor uma imagem em seus "estímulos e elementos", tais como cor, forma e movimento. Esse fenômeno é conhecido como detecção de estímulo e, uma vez que a detecção de diversos estímulos ocorre simultaneamente, é também chamado de processamento paralelo. Por Ronald Sahyouni. Versão original criada por Ronald Sahyouni.

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Transcrição de vídeo

RKA12 - Quando você está olhando para um objeto é necessário dividi-lo em seus componentes para entender o que está vendo. Isto é conhecido como detecção de características. Existem muitos componentes que compõem a detecção de características. Quando você está olhando para uma rosa, não só você tem que olhar e perceber que cor está olhando, como também tem que perceber de que forma é a rosa. Você também precisa perceber se ela está em movimento ou não. Então, sempre que olhamos para um objeto, nós precisamos obter informações sobre a cor, precisamos obter informações sobre a forma, e precisamos obter informações sobre o movimento. Então, vamos entrar em cada uma destas características diferentes. Nossa capacidade de perceber a cor surge da presença de cones dentro da nossa retina. Cones são extremamente importantes porque eles são sensíveis a vários tipos de luz. Então, nós temos três tipos principais de cones. Há cones vermelhos que compõem 60% dos cones do seu olho. Existem cones verdes que compõem 30% dos cones do seu olho. E há cones azuis que perfazem 10% dos cones do seu olho. Agora, nós os dividimos em cones vermelhos, verdes e azuis, porque os cones vermelhos são extremamente sensíveis à luz vermelha. Então, se estamos olhando para esta rosa, as pétalas estão refletindo a luz vermelha. Então, esta é a luz vermelha que entra nos nossos olhos. Se acontecer de acertar um cone vermelho, então este cone será ativado e irá disparar um potencial de ação. E este potencial de ação chegará ao nosso cérebro, e o nosso cérebro vai reconhecer que está olhando para algo vermelho. Então, isto basicamente acontece independentemente do que estamos vendo. Isto veio a ser conhecido com a teoria tricromática da visão das cores. Que outras características precisamos levar em consideração quando estamos olhando para esta rosa? Além de reconhecer as diferentes cores da rosa, nós também precisamos descobrir quais são as fronteiras da rosa (assim, as fronteiras do caule, os limites da folha, os limites das pétalas do fundo). E isto também é importante porque não precisamos apenas distinguir os limites, mas também precisamos descobrir de que forma são as folhas, de que forma são as pétalas. E todas estas são coisas muito importantes que seu cérebro é capaz de reconhecer. Assim, para descobrir qual é a forma do objeto, utilizamos um caminho especializado que existe no nosso cérebro, que é conhecido como caminho parvo. Assim, o caminho parvo é responsável por descobrir qual é a forma de um objeto, ou seja, o caminho parvo é bom em resolução espacial. Resolução espacial significa que é muito bom em descobrir quais são os pequenos detalhes que compõem o objeto. Então, se algo não está se movendo, como quando você está olhando para uma foto ou quando você está olhando para uma rosa, você é capaz de reconhecer e olhar os pequenos detalhes minúsculos. Você pode olhar para as pequenas veias que compõem a folha da rosa. Você é capaz de perceber todas as pequenas nuances da rosa. E isto é porque você está usando o caminho parvo, que tem um nível alto de resolução espacial. Um aspecto negativo da via parvo é que tem uma resolução temporal muito pobre. A resolução temporal está relacionada ao movimento. Então, se uma rosa está em movimento (se você a joga em uma sala, por exemplo) você não consegue utilizar o caminho parvo para rastrear a rosa. O caminho parvo é utilizado para objetos estacionados, para adquirir altos níveis de detalhes do objeto. Mas, assim que esse objeto começa a se mover, você começa a perder a capacidade de identificar pequenos detalhes do objeto. E você, provavelmente, já percebeu isto. Quando você está em um carro, você está dirigindo, e há um pequeno carro o ultrapassando muito devagar, você pode adquirir um bom número de detalhes sobre o carro, sobre o motorista. Mas, se você olhar para as rodas, as rodas estão girando muito rapidamente. E, se você tentar olhar para as bordas, para os raios da roda, para a jante dela, é muito difícil reconhecê-la. Isto porque as rodas estão girando tão rápido que é difícil adquirir qualquer tipo de detalhes sobre sua forma das bordas, sobre como elas são, e coisas deste tipo. E, finalmente, o caminho parvo nos permite ver as coisas em cores. Assim, o caminho parvo não apenas permite adquirir detalhes sobre o que estamos vendo, mas também nos permite ver em cores. Então, se alguma coisa está se movendo, não podemos usar o caminho parvo, mas o que usamos é o caminho magno. O caminho magno é basicamente um conjunto de células especializadas, assim como no caminho parvo, que nos permite codificar o movimento. E o que significa é que tem uma resolução temporal alta. Então, como dissemos, o caminho parvo tem uma resolução temporal muito baixa, e o caminho magno tem uma alta resolução temporal, o que significa que, se alguma coisa está em movimento, conseguimos rastreá-la. Somos capazes de ver o objeto se movendo. E, em contraste com o caminho parvo, a via magno tem uma resolução espacial muito fraca. Uma maneira de pensar nisto é que, se você olhar para uma rosa usando o caminho parvo, que é estacionário, você pode ver detalhes das pétalas, todos os detalhes finos das folhas, mas, se você estivesse olhando para a rosa usando o caminho magno, a rosa ficaria muito embaçada. Você só seria capaz de ver um tipo de aspecto embaçado da rosa. E esta é uma maneira de imaginar a diferença entre parvo e magno. Mas o benefício do magno é que, se esta rosa está se movendo, você pode vê-la. Utilizando o caminho parvo você nem ao menos consegue vê-la. Estes são os prós e os contras dos dois caminhos. E, finalmente, o caminho magno não codifica nenhuma cor. Ele só codifica o movimento. Assim, nós temos a capacidade de detectar três características diferentes sempre que estamos olhando para um objeto e tudo acontece ao mesmo tempo. Então, quando eu estou olhando para uma rosa, eu não identifico primeiro a cor, e depois a forma, e em seguida se está ou não em movimento. Todas estas informações ao mesmo tempo são conhecidas como processamento paralelo.