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Curso: Matemática EM: Probabilidade > Unidade 2
Lição 3: Probabilidade clássica X Probabilidade experimentalProbabilidade clássica X probabilidade experimental
O foco deste artigo é distinguir os conceitos de probabilidade clássica e probabilidade experimental a partir de situações nas quais os estudantes comparam o valor obtido pela primeira com o valor obtido pela segunda caso o experimento seja repetido um grande número de vezes. Para isso sugere-se que sejam explorados o cálculo da probabilidade de eventos aleatórios para diferentes números de vezes.
Ao se lançar uma moeda, espera-se que a probabilidade de sair cara ou coroa seja de , uma vez que só existem possibilidades ( ). Mas será que, se fizermos esse experimento, chegaremos a exatamente ? A probabilidade clássica aceita esse valor fazendo um número muito grande de experimentos. É o que chamamos de .
Observe essa lei com o exemplo a seguir.
A tabela abaixo mostra alguns experimentos feitos com uma moeda não viciada.
Note que quanto maior o número de repetições envolvidas no experimento, mais próxima será a probabilidade frequentista em relação à probabilidade clássica.
De forma análoga, podemos pensar no seguinte experimento:
João e Maria têm um cachorro de estimação e todos os dias eles tiram par ou ímpar para ver quem vai passear com o cãozinho. Observe a tabela que destaca quantas vezes cada irmão levou o animalzinho para passear no último mês.
Levando em consideração os dados da tabela acima, qual é a probabilidade de Maria levar o cachorro para passear?
O mês em questão apresenta dias, e Maria levou seu cachorro para passear em apenas deles.
Logo, a probabilidade será:
Repare que a probabilidade clássica nos diria que as chances de Maria passear com o cachorro seriam iguais a . Se repararmos quem levou o cão para passear durante todo o ano, notaremos, provavelmente, que esse valor seria bem mais próximo de
Vamos calcular agora quais as chances de tirar uma bola amarela em uma urna que tem bolas com as cores primárias: vermelha, azul e amarela.
A probabilidade clássica nos daria um valor de aproximadamente , mas vamos fazer esse cálculo baseado no experimento de amigos:
Foram feitas retiradas no total ( de cada amigo), e destas, vezes a bola retirada foi a amarela.
Então, a probabilidade de se retirar bola amarela em uma urna com bolas diferentes, baseada nesse experimento, é de:
Os valores clássicos sempre nos dão a mesma chance de um evento acontecer; por exemplo: a chance de sair um número no dado (todos têm a mesma chance de sair) e a chance de sair cara ou coroa em uma moeda (as duas faces têm a mesma chance de sair).
Sempre que nos for pedida a probabilidade frequentista (experimental), devemos nos basear apenas nos números do experimento apresentado para fazer os cálculos, mas é preciso ficar claro que a probabilidade clássica nos dá valores diferentes, pois se baseia em um número muito grande de experimentos.
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