O uso da vírgula em vocativos e apostos

RKA2G - Olá, tudo bem com você? Na aula de hoje, a gente vai falar sobre o uso da vírgula em vocativos e apostos. Com certeza você já sabe que a vírgula pode ser utilizada em diferentes situações em um texto. Porém, na aula de hoje, nós vamos estudá-la a partir de sua relação com os vocativos e com os apostos. Além disso, você deve saber também que a vírgula, como as outras pontuações, serve para organizar o texto e nos ajudar a compreender a ideia. Como, por exemplo, neste trecho que eu trouxe. "Quando era criança, em Paris, antes da Segunda Guerra, eu possuía uma antologia de lendas da guerra de Troia e seus desdobramentos." Percebe? Esse curto trecho possui pontuações como o ponto final e a vírgula. Vamos dar prosseguimento ao conteúdo do vídeo e compreender como funcionam os vocativos e os apostos. O vocativo é um elemento textual que aparece nas frases sempre separado dos outros elementos por vírgulas. E, como o nome mesmo sugere, o vocativo serve para fazer uma invocação. Nestes exemplos que eu trouxe, a gente consegue compreender como o vocativo funciona nas frases. Vamos ao primeiro exemplo, que é bem curtinho. Nele, temos o seguinte: "José, vem cá!" Se prestarmos um pouco de atenção, perceberemos que temos uma vírgula bem no meio da frase. Ela está, no caso dividindo, o vocativo do resto da frase. No caso, o nome "José", que é o nome pessoal de alguém e que, aqui, está sendo usado como uma invocação. Alguém está chamando por José. No segundo exemplo, conseguiremos perceber, talvez com mais facilidade, como o vocativo pode aparecer em diferentes frases. "Tu, meu irmão, precisas estudar!" Se prestarmos atenção, perceberemos, que separados por duas vírgulas, nós temos a frase com o vocativo no meio: "meu irmão", já que é a maneira que encontra de chamar a atenção da pessoa com quem está conversando. No terceiro e curto exemplo sobre os vocativos que eu trouxe para este vídeo, nós temos a seguinte frase: "Felicidade, onde te escondes?" Se prestarmos atenção, perceberemos, que nesse caso, não estamos tratando de um nome pessoal e também não estamos tratando de uma expressão, mas sim de um substantivo: a palavra "felicidade". Aqui, ela aparece como se fosse alguma entidade, algum indivíduo, já que aquele que fala está fazendo uma pergunta diretamente a ela, como se fosse haver uma resposta. Ou seja, a vírgula, que está dividindo o substantivo "felicidade" do resto da frase, na verdade está demarcando para a gente um vocativo. O aposto surge diferente dos vocativos em uma frase. Isso porque ele serve para agregar alguma informação ao texto, geralmente alguma explicação curta sobre o que acabou de ser dito. Vamos aos exemplos de aposto que eu separei para a aula de hoje para compreendermos como ele funciona com a vírgula. No primeiro exemplo, temos o seguinte: "Clarice, a primeira neta da família, cursa direito." Se prestarmos atenção, perceberemos que temos duas vírgulas separando um trecho do resto da frase. Este trecho que está aparecendo entre as duas vírgulas é, no caso, o aposto. Isso porque este trecho está servindo para introduzir uma informação a mais no total da frase. No outro exemplo, temos o seguinte: "Sousa, nosso cabeleireiro, não trabalha hoje." Percebe que a ideia da frase é dizer que o Sousa não trabalha hoje? Além disso, nós temos duas vírgulas separando o trecho "nosso cabeleireiro" do resto da frase. Esse trecho está servindo para introduzir uma informação a mais no conteúdo. No terceiro exemplo, temos um aposto que está servindo para demarcar o dia da semana. Se lermos a frase, teremos: "Amanhã, sábado, não sairei." Sabemos, então, não apenas que aquele que a disse amanhã não sairá, mas também que amanhã é um dia de sábado. Entendeu como o aposto funciona? Bom, eu vou ficando por aqui. A gente se encontra em uma próxima aula, tudo bem? Até lá e bons estudos!