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Curso: Português EF: 8º ano > Unidade 1
Lição 4: Funcionamento da língua- Paralelismo sintático
- Paralelismo sintático
- Quando não usar a vírgula
- Quando não usar a vírgula
- Concordância verbal + a partícula "se"
- Concordância verbal + a partícula "se"
- Concordância verbal: sujeito simples e composto
- Concordância verbal: sujeito simples e composto
- Variação linguística na língua portuguesa
- Variação linguística na língua portuguesa
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Paralelismo sintático
Nesta aula, apresentamos o conceito paralelismo sintático e sua utilização no texto. Versão original criada por Khan Academy.
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Transcrição de vídeo
RKA4JL - Olá!
Como vai? Hoje vamos tratar de um tema
muito interessante. Olhe essa frase aqui: "É importante saber escrever e,
mais ainda, que escrevamos bem." Você vê algum
problema nela? Olha, problema não tem, mas será que
ela não podia ficar um pouquinho melhor? Vamos ver uma coisa
nessa frase. O que é importante?
Saber escrever. E o que é ainda mais importante?
Saber escrever bem. Certo? Foi isso o que você entendeu
quando viu a frase pela primeira vez? Pode ser que sim, mas isso não garante
que todo mundo que vir essa frase vai entender o que ela quer dizer
logo na primeira leitura. Pode ser que a coisa não fique assim
tão clara logo de primeira. Então, como bons escritores, a gente tem
que se preocupar com isso, sim. E esse é o tema da nossa aula:
o paralelismo sintático. Nossa, falando assim parece coisa
de outro mundo, não é? Mas não é, não! O paralelismo não representa, assim,
uma regra gramatical rígida, sabe? A concordância tem regras,
a ortografia tem regras, o paralelismo, ele é mais, assim,
uma diretriz de estilo, mas é, principalmente,
um recurso de coesão. Você sabe o que são paralelas,
não sabe? Então, quando falamos
em paralelismo da língua, estamos nos referindo a uma simetria.
Neste caso, uma simetria da sintaxe. Voltemos à frase
que abriu nossa aula: "É importante saber escrever e,
mais ainda, que escrevamos bem." Ok, vemos que essa é
uma oração coordenada, certo? Composta por duas frases,
olhe só. Frase um:
"É importante saber escrever." Frase dois: "É ainda mais
importante que escrevamos bem." Mas olhe só, na primeira frase
vemos que é importante SABER escrever e na segunda, o importante
é que ESCREVAMOS? Espere, não seria mais claro que a segunda
frase acompanhasse a sintaxe da primeira? "É importante escrever bem" ficaria assim:
"É ainda mais importante escrever bem." Unn... Percebe a similaridade
de estrutura entre essas frases? "Saber escrever" e "escrever bem".
Existe um paralelismo sintático aí. Tanto a primeira quanto a segunda frase
apresentam verbos no infinitivo. Do jeito que estava, a primeira frase vinha
no infinitivo e a segunda no subjuntivo. Não é errado,
mas é menos claro, e dependendo do texto,
pode representar falta de coesão. Olha, se nós escolhêssemos
o subjuntivo, também daria certo. Veja só como a frase ficaria: "É importante que saibamos escrever
e, mais ainda, que escrevamos bem." Viu só como fica tudo muito mais claro se
a gente optar por um paralelismo sintático? Profissionais que trabalham
com produção de textos precisam ficar muito atentos
às questões do paralelismo. Claro que, dependendo do texto, essa
falta de simetria pode até ser proposital, mas aí estaríamos tratando
da arte da literatura. Quando falamos
em textos do dia a dia, quando falamos em textos empresariais,
em textos publicitários, o paralelismo sintático é sempre preferível,
porque além de ser mais harmônico, transmite a informação de uma forma
muito mais simples, muito mais objetiva, o que, cá entre nós, ajuda a passar
a mensagem de uma forma muito mais eficaz. Olha, para não ter dúvidas
mesmo a respeito do paralelismo, vamos ver mais um exemplo
de como ele funciona. Veja estas duas frases aqui. São duas
frases um pouquinho mais complexas. Olha essa primeira: "Os oceanos equivalem a mais de 97 por
cento de toda a água que existe no planeta." Muito bem.
A segunda frase: "Os oceanos são essenciais
para o equilíbrio da vida na Terra." Não são duas ideias
até que complementares? A gente não poderia juntar essas
duas frases em uma única oração? Mas ficaria um negócio meio comprido
demais, não é? Será que ficaria claro? Então a gente usa do paralelismo
para tornar o texto mais claro. Existem, inclusive, algumas expressões
que podem ajudar a gente a tornar essas estruturas
paralelas mais claras. Aqui, por exemplo, a gente poderia
usar "não só, mas também". Olhe só como que ficaria: "Os oceanos não só equivalem a mais de 97
por cento de toda a água que existe no planeta, mas também são essenciais para
o equilíbrio da vida na Terra." Percebeu? Olha só
o tamanho dessa oração e olha a clareza da informação
que ela transmite. O paralelismo nos ajuda a tornar esses
textos mais claros e objetivos. Por isso a
sua importância. Por isso o cuidado que precisamos ter
na hora que escrevemos. Espero que você tenha gostado
do que a gente viu hoje e a gente se vê por aí.
Até mais!