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Curso: Português EF: 8º ano > Unidade 1
Lição 3: Debates e discussõesRespeito, escuta e argumentação em discussões
Nesta videoaula, serão apresentados alguns comportamentos que podem contribuir para o exercício da empatia e do diálogo, com a finalidade de promover uma comunicação respeitosa e produtiva em discussões sobre temas controversos ou polêmicos e levar os estudantes a se posicionar contrariamente a discursos de ódio. Versão original criada por Khan Academy.
Transcrição de vídeo
RKA3JV - Lia, Léo e Lu
precisam organizar o trabalho que o professor de Português
pediu para a próxima semana. (Ruído de conversa cruzada). Você entendeu
alguma coisa? Aliás, Lia, Léo e Lu conseguiram
entender qualquer coisa? Dificilmente, não é?
Todo mundo falando junto, todos querem
expor sua opinião. Só que ninguém parece interessado
em ouvir a opinião do outro. Aí, vira
essa confusão. Lia fala alto
para ser escutada, mas Léo não quer saber e
fala mais alto. E Lu, que não quer ouvir nenhum
dos dois, fala mais alto ainda. Conversa que não
chega a lugar nenhum. Você já viveu uma
situação parecida? Sabe aquelas horas que
a gente sabe que tem razão, mas ninguém dá bola ou presta
atenção no que a gente está falando? É chato,
não é? O que você faz
quando isso acontece? Você tenta, pelo menos, ouvir
o que a outra pessoa está propondo ou você continua falando,
aumentando o tom da sua voz, para fazer o outro
calar a boca? Pois é,
não é? Muitas vezes, a gente acaba
agindo como Lia, Léo e Lu, querendo impor
a nossa opinião e não exercitando
a empatia. Quando agimos com empatia,
agimos com respeito e, consequentemente,
exercitamos a cooperação. Se tanto você quanto eu nos
comunicarmos de forma respeitosa, entenderemos o ponto
de vista um do outro e chegaremos a uma conclusão
sem maiores conflitos. O conflito faz parte
da nossa vida. Se eu quero fazer
uma coisa de um jeito e você quer que eu faça
essa coisa de outro jeito, já temos
um conflito. Cabe à gente
resolver o conflito antes que ele se
transforme em uma briga. E como é que
a gente faz isso? Dialogando, com respeito,
com empatia, verdadeiramente interessados
em colaborar, de modo que a gente alcance
o melhor resultado possível. Pense nas vezes em que você
já se estressou ou já se entristeceu com uma fala agressiva,
com uma atitude desinteressada em relação a alguma coisa
que representava muito para você. Agora, pense nas vezes em que
você pode ter estressado ou entristecido alguém porque
respondeu agressivamente ou agiu como se
não estivesse nem aí para o problema que essa
pessoa estava enfrentando. Comunicação, lembra,
sempre tem dois lados. Do mesmo jeito que a comunicação
pode chegar até nós de um modo esquisito, também pode sair de
nós toda esquisitona. Diálogo é diferente
de monólogo. No monólogo, um fala
e os demais escutam. Em um diálogo, quando
um fala o outro escuta. Quando estamos em grupo, quando
fazemos parte de uma comunidade, o diálogo é sempre
muito bem-vindo. Então, vamos
nos atentar. Respeito tem a ver com empatia,
tem a ver com cooperação, tem a ver com cuidado
na comunicação e a compreensão
de que a comunicação é fundamental para
resolvermos conflitos. Agora, lembra daquela confusão
toda que abriu a nossa aula? Lia, Léo e Lu
estavam discutindo, falando tudo
ao mesmo tempo, mas era sobre um
trabalho de Português. Sabe o que eles estavam
falando no fundo, no fundo? Isto: "eu não concordo, na minha opinião
devemos fazer a pesquisa primeiro!" "Eu acho que você não entendeu
o que temos que fazer, a pesquisa é a última
parte do trabalho!" "Olha, nenhum dos
dois tem razão, a pesquisa acompanha todo
o desenvolvimento do trabalho". Deu para perceber que
nesse grupo de trabalho ninguém concorda muito
com ninguém, não é? Mas tudo bem,
faz parte. E o trabalho poderá
ficar até melhor se os três colegas se empenharem
em resolver o conflito. A convivência
é um exercício diário e quanto melhor a tornamos,
melhor nos sentimos. Lia, Léo e Lu podem até discordar,
mas se respeitam. Nenhum deles usou
termos inapropriados, nenhum deles usou palavrões
ou xingamentos para se expressar. Que bom. O problema ali foi não
darem atenção um ao outro. Se conseguirem fazer isso, desenvolverão
uma comunicação produtiva, respeitarão o turno
de fala um do outro, procurarão entender os
diferentes pontos de vista sobre o desenvolvimento
da pesquisa, exercitarão uma
escuta ativa e conseguirão usar argumentos
e contra-argumentos de forma empática,
bem embasada. É isso que constrói
o bom diálogo. Deveria ser sempre
assim, sempre! Não só com Lia, Léo e Lu,
mas com todos nós. Que tal usar
este aprendizado para tornar as discussões de que
você participa mais respeitosas, mais empáticas, mais
convincentes e embasadas? Tenho certeza
de que isso transformará positivamente
sua forma de comunicação. E depois você me conta
se deu certo ou não. Um abraço e a gente
se vê por aí. Até mais!