Conteúdo principal
Curso: Comece aqui > Unidade 1
Lição 2: Elementos da arteLuz e sombra
Como um artista usa a luz para nos ajudar a nos manter longe da escuridão? Usando três obras de arte da coleção do Instituto de Arte, este vídeo trata de um tema central e usa uma narrativa visual inovadora para destacar as escolhas feitas pelos artistas para criar luz e sombra em suas obras. Os vídeos Explicando a Arte permitem que você analise e entenda a arte de qualquer período histórico ou cultura. Concebida para estudantes e adultos, esta série de vídeos é produzida para a web e pode ser utilizada em vários ambientes de aprendizagem, desde dispositivos móveis a salas de aula formais. Os seguintes trabalhos do Art Institute of Chicago aparecem neste vídeo: Tanner, The Two Disciples at the Tomb, Kollwitz, Battlefield, Flavin, “monument” for V. Tatlin
Quer participar da conversa?
Nenhuma postagem por enquanto.
Transcrição de vídeo
Como um artista usa a luz para nos ajudar a ficar fora da escuridão? Explicando a arte Luz como história, clima e meio A luz revela o mundo a nossa volta. Ou o coloca na sombra, na escuridão. Sem o contraste de luz e sombra não poderíamos ver nada. Os artistas usam a luz de muitas formas: para contar uma história, para criar um clima ou até mesmo como o próprio meio. Vamos ver alguns exemplos. Esta é a pintura Os Dois Discípulos na Tumba, pintada em 1906 pelo artista americano Tanner. Nascido na Filadélfia, ele passou a maior parte de sua carreira em Paris, a Cidade Luz, e desenvolveu uma abordagem moderna para temas religiosos. Nesta pintura, Tanner representa o momento em que dois discípulos de Jesus descobrem que seu corpo desapareceu da tumba. A cena tem dois tipos de luz, um brilho suave e natural vindo de dentro da caverna, e uma luz supernatural que irradia de João. Com destaques amarelos e brancos, Tanner iluminou o rosto e peito de João, além de contornar seu perfil, dando a ele um brilho radiante para mostrar sua fé. Pedro, que negara Cristo, é mostrado com tons escuros de marrom, terra e pêssego. Ao usar a luz para contar a história, Tanner cria algo milagroso. A 900 km dali, em Berlim, Kollwitz criou arte que refletia sua experiência pessoal de sofrimento e perda usando técnicas experimentais de gravura. A gravura tradicional envolve riscar linhas em uma placa de metal revestida. Depois de passar por um banho ácido e a aplicação de tinta, as linhas riscadas aparecem como áreas escuras na impressão. A gravura Campo de Batalha, de Kollwitz mostra uma cena após uma batalha de uma revolta camponesa do século 16. Uma mulher coberta de preto busca por seu filho. A luz de sua lanterna revela um único rosto angustiado entre vários corpos. Kollwitz cria essa cena sem usar cor. Ao invés disso, ela concentra linhas para criar escuridão, e deixa partes importantes com menos tinta. O que parece ser um flash de luz são áreas em que ela suavizou as linhas para que a tinta não se fixasse na placa. É através da colocação estratégica da luz que Kollwitz expões os horrores da guerra e da pobreza. Embora pareça difícil para Kollwitz criar luz em suas gravuras, para Flavin, criar a luz era a parte fácil. Vivendo em Nova Iorque nos anos 1960, Flavin criou arte a partir de materiais industriais, as coisas do dia a dia norteamericano. Monumento para V. Tatlin é uma das séries de trabalhos inspiradas pelas esculturas do início do século 19 do russo Vladimir Tatlin Tatlin buscava combinar arte e engenharia no seu trabalho, algumas vezes em grande escala. Seu design para esta estrutura monumental celebrava a promessa da era moderna. Flavin usou lâmpadas fluorescentes para evocar a geometria e o espírito do design de Tatlin. Mas pare ele, a luz não era espiritual ou emocional. Ele estava mais interessado em trabalhar com as propriedades físicas da luz. Flavin gastou muito tempo considerando o posicionamento dos tubos fluorescentes e como essa luz iria interagir com o ambiente ao redor. E como as lâmpadas uma hora queimam, Flavin sempre incluía um manual de instruções detalhando as especificações para as substituições dos tubos para os museus e galerias. Ao transformar o mundano em monumental Flavin deixou um caminho para os artistas do futuro seguirem. Da maneira de Tanner de mostrar a luz como um símbolo sagrado, às sombras melancólicas de Kollwitz, e às esculturas de lâmpadas fluorescentes de Flavin, nossa percepção depende da forma como o artista usou a luz. Da próxima vez que você estiver em um museu, considere como a luz influencia a sua percepção de outras obras de arte.