Depreciação

Temos uma empresa aqui. Digamos que fabrica ferramentas, ou é uma empresa de ferramentas. E o que vou fazer é escrever a declaração de renda deles ao longo de um número de anos. O que fizemos no primeiro vídeo desta série de vídeos foi um retrato da declaração de renda. Acho que era de 2008. Mas aqui estamos olhando a declaração de renda através de vários anos, e nesse caso, assumirei, que tenha uma base de renda muito estável, que consigam ter uma quantia muito estável de renda a cada ano. Agora, vamos ao custo dos bens, e vou dividir esses em duas partes, pois há dois componentes de custo dos bens então farei uma categoria de custo dos bens aqui CPV, isso significa Custo dos Produtos Vendidos, e às vezes ouvirá: "O CPV foi isto" "o CPV foi aquilo" CPV. São custos variáveis. E esse vídeo não se trata sobre custos fixos versus custos variáveis, mas você pode aprender um pouco sobre isso aqui. Então, são custos variáveis, e isso é o custo atual de fazer essas ferramentas. Se as ferramentas são feitas de aço inoxidável, é o custo de comprar aço inoxidável, ou talvez a conta de energia elétrica, usada para derreter e reformar o aço, ou como seja que você for trabalhar com aço inoxidável. Digamos que os custos variáveis em cada um desses anos-- e assumirei que o preço do aço inoxidável não mude-- é de $ 100 000. Menos $ 100 000 a cada ano. E digamos que isto também inclui o custo com a mão de obra. Tem gente com salários por hora, formando as ferramentas de aço inoxidável, então isso incorpora tudo. E os custos fixos serão basicamente os custos da fábrica. E digamos que, basicamente, deve ser construída uma fábrica nova a cada dois anos, ou digamos que reformas substanciosas devem ser feitas a cada dois anos. São reformas da fábrica. Pois isso faz parte do custo de construir as ferramentas, já que se continua-se a fazer ferramentas nesse ritmo, de um milhão de US$ a cada ano, a fábrica inteira deve ser reequipada ou renovada a cada dois anos. Logo, coloquemos esses custos fixos. O reequipamento da fábrica. E na prática, quando olhamos a declaração real de renda de uma empresa, não se divulgam nem os custos fixos nem os variáveis dessa forma, porque as empresas não querem divulgar isso à concorrência. Não querem que os concorrentes conheçam a estrutura de custos, pois pode ser usado contra eles, ou talvez não queiram divulgar aos clientes. Mas enfim, Reequipamento da fábrica. Da forma em que descrevi, uma forma de contabilizar isso, quando se faz o reequipamento da fábrica, coloca-se isso como um gasto. Digamos que o reequipamento da fábrica custe $ 500 000. Então diminui-se $ 500 000. Mas isso é feito a cada dois anos. Então foi feito em 2005. Não foi necessário fazê-lo em 2006, então foi feito em 2007. Não foi feito em 2008. Muito bem. E depois temos o lucro bruto. Lucro bruto. Aqui temos $ 1 milhão menos $ 600 000. É $ 400 000, depois temos $ 900 000, depois é $ 400 000. Depois temos $ 900 000. E digamos que as despesas de VGA-- VGA são despesas com Vendas, Gerais e Administrativas. Ignorarei o gasto com marketing por enquanto. Em VGA, gastam-se outros $ 500 000 a cada ano. Menos $ 500 000. E isso nunca muda. $ 500 000 a cada ano. Menos $ 500 000. O lucro operacional, antes dos impostos sem considerar algum financiamento, é o lucro operacional ou LAJIR. Lucro operacional. E esse ano, diminui-se $ 100 000. Aqui também diminui-se $ 100 000. Mas em todos esses anos, estão ganhando dinheiro. $ 400 000 e $ 400 000. E podemos tirar isto. Suponhamos que não tem gastos com juros. Pois isso não é um objetivo do vídeo. Então o lucro antes dos impostos será a mesma coisa que o lucro operacional, então menos $ 100 000, menos $ 100 000, $ 400 000-- colocarei os anos "bons" em verde-- $ 400 000. E suponhamos que a empresa esteja no Caribe e não deva pagar impostos. Pois esse não é o objetivo do vídeo. Mas você pode aplicar alguma taxa de juros e calcular o lucro bruto. Mas o ponto é que, ainda que o negócio seja muito estável, tem a mesma atividade a cada ano, se você olhar o lucro antes dos impostos, o lucro operacional, ou se o taxarmos, ou o lucro bruto, vemos um negócio muito irregular pois em um ano perdem $ 100 000. Se você olhar a empresa, achará que ela anda mal. Mas no ano seguinte ganham $ 400 000, E perdem $ 100 000. E você pensa, como isso é possível? Que uma empresa esteja tão estagnada, tão estável, que gaste com CPVs a cada ano, e que tenha a mesma renda? Como é possível que a renda seja tão irregular? E pode-se perceber que é por conta desse gasto com o reequipamento da fábrica, que é quando gastam $ 500 000 para reconstruir a fábrica, basicamente, devido a todo o desgaste acontecido nesses dois anos. A pergunta é, é essa uma forma certa de contabilizar isso? Onde você tem que-- --comprar equipamento. Digamos que esses $ 500 000 são para comprar novas ferramentas para dar forma ao aço, então é uma boa ideia contabilizar isso somente no período em que foi comprado isso? Pois essas ferramentas não serão usadas somente neste período e esse período Serão usadas ao longo de todo o período. Então a resposta é, não, não é uma boa ideia. Pois o propósito da contabilidade é dar à pessoa lendo a declaração de renda desse caso um panorama o mais preciso possível da empresa. E esse aqui, na minha opinião, não é um panorama exato. Cria essa enorme irregularidade e passa a impressão de ser um negócio muito volátil, ainda que seja um negócio muito, muito estável. Então, o que deve ser feito ao invés de declarar que teve que comprar $ 500 000 em equipamentos em 2005, então colocou como um gasto só em 2005. Mas não teve que fazê-lo em 2006 e não teve gastos Teve que fazê-lo em 2007 e gastou. Ao invés de fazer isso, o que deve ser feito é Colocarei o balancete aqui. Então o resultado que tiver sido em-- --vou desenhar o lado direito --bom, vou desenhar ambos os lados do balancete Os ativos no ano-- Vou desenhar uma linha maior No ano-- Esse é o lado dos ativos do balancete E para que não fique confuso, sempre há uma parte dos ativos também em um balancete. Então em 2007, talvez antes de ter gasto os $ 500 000, quando o faça, provavelmente terei $ 500 000 em efetivo parados ali. Escreverei isso. Porei um E de Efetivo (cash) Em efetivo, $ 500 000. E ao invés de usar isso como um gasto, e veremos isso em um futuro, como contabilizar as coisas de forma mais detalhada, e como fazer débitos e créditos, mas uma forma simples de pensar, ao invés de usar esses $ 500 000 como um gasto, os transferiremos para usá-los na compra de um ativo. Logo, quando você tem dinheiro em efetivo para comprar um ativo, e o mesmo tem um tempo de vida útil de mais de um período, você está capitalizando o custo, ou criando um ativo no balancete. Ao invés de ter esses $ 500 000 como um gasto "perecível", você tem-- chamemos de F para ferramentas de fábrica. Você tem ferramentas de fábrica que valem $ 500 000, e esse dinheiro desaparecerá. Seus ativos não terão realmente mudado o valor dos ativos. Você só terá $ 500 000 mudando de dinheiro em efetivo para novas ferramentas de fábrica. Então isso pode aparecer no começo, quando é feito. Digamos que seja no 1/1/2007. E você pensa "estaré usando essas ferramentas" São utilizáveis por dois anos. Então você vai depreciando as ferramentas. Então você pensaria, que ao invés de ter reequipamento de fábrica, poderia dizer que tem equipamento da fábrica. Ao invés de "reequipamento", chamarei isso de "depreciação". Depreciação. Não sei se dá para ler. D-E-P-R-E-C-I-A-Ç-Ã-O Então basicamente, espalha o custo desses $ 500 000 por ano. Então você pensa "Tinha uma peça de equipamento no valor de $ 500 000, e a vida útil dele é de dois anos. Então usei metade dele no ano 1. Então, ao invés de colocar $ 500 000, a depreciação é menos $ 250 000. Assim também, nesse ano, não houve outra saída de dinheiro mas meu equipamento ficou um pouco mais velho, então usei a metade restante. Que são $ 250 000. E depois meu equipamento ficou obsoleto. Isto acontece no dia 1/1/2005. Tenho essa ferramenta que vale $ 500 000. Depois, no dia 1/1/2006, terei usado a metade da ferramenta. Agora, esse balancete-- eu copiei os números, é 2006. Passei de 2005 para 2006. Então terei usado metade dele. Então, de acordo com a contabilidade, o equipamento já não vale os $ 500 000. Agora vale $ 250 000. E isso faz sentido, sabe? Talvez se eu quisesse vender ele no mercado, alguém pode dizer "Estou disposto a pagar só $ 250 000, porque você já o usou por um ano, e só resta um ano de vida útil, então para mim, vale só $ 250 000" E os outros $ 250 000 basicamente foram para o gasto chamado depreciação, que consta aqui. Então a cada ano, terá esse ativo que diminui no balancete ao valor de $ 250 000. E no início desse ano, o ativo vale $ 500 000. Escreverei isso. Isso é o que o ativo vale. O colocarei em cor laranja. Então aqui, foi feito no começo do ano, o ativo vale $ 500 000. Agora vale $ 250 000. Agora o ativo vale zero, mas no começo desse ano, você compra um ativo novo que vale $ 500 000. Depois passa a valer $ 250 000 de volta. E essa é uma forma de dizer com grande fôlego que a forma de contabilizar isso é espalhar o custo ao longo do tempo, ao longo da vida útil, e esse espalhamento é chamado de depreciação de um ativo. Estou ficando sem tempo nesse vídeo, mas no próximo, falarei da "amortização", você talvez já ouviu falar sobre isso. Amortização, que nada mais é do que espalhar custos não tangíveis ao longo de um período de tempo. Por exemplo, depreciação sobre um equipamento acontece conforme o maior uso deixa algo obsoleto, com custo espalhado isso é o que a depreciação faz. E reflete com exatidão o que acontece na empresa. Não é como se não tivesse tido custos, tive custos sim. Estou usando esse ativo. Logo, vou escrevé-lo aqui. Amortização é igual à depreciação, mas aplicada a coisas que não são equipamentos. Aplica-se a-- e vou mostrar no próximo vídeo-- mas digamos que tive uma grande despesa com pagamentos de taxas bancárias, mas os benefícios delas vão ser usados com o passar do tempo. Então eu amortizaria essas taxas. Farei isso no próximo vídeo. Enfim, espero que isto tenha sido útil.